Responsabilidade Social • 14:09h • 04 de novembro de 2025
Veterinário esclarece: é possível ter um animal vegetariano, mas não vegano
Alimentação sem origem animal exige acompanhamento veterinário e suplementação rigorosa, alerta especialista
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da UNINASSAU | Foto: Arquivo/Âncora1
O veganismo tem ganhado cada vez mais espaço entre os humanos, adotado por razões éticas, ambientais e de saúde. Essa filosofia de vida exclui o consumo de produtos de origem animal e, com seu avanço, muitos tutores passaram a refletir sobre oferecer dietas veganas também aos pets.
De acordo com Matheus Wagner, coordenador do curso de Medicina Veterinária da UNINASSAU Fortaleza, essa prática requer extremo cuidado e orientação profissional.
“Essa filosofia preza pelo não sofrimento animal em diversos aspectos, como na alimentação, no uso de couro e no trabalho em carroças. Dito isso, não temos animais veganos, mas é possível eles serem vegetarianos, desde que recebam suplementação adequada. Privar algumas espécies de suas necessidades fisiológicas causa sofrimento e vai contra os princípios do próprio veganismo”, explica o especialista.
Nutrição animal e riscos da dieta restritiva
Segundo o professor, embora alguns tutores optem por uma alimentação livre de carnes por motivos ideológicos, é essencial respeitar as necessidades nutricionais específicas de cada espécie.
“Uma mudança desse porte requer muito planejamento e acompanhamento por um veterinário nutricionista, para garantir que todos os nutrientes essenciais sejam suplementados, principalmente as vitaminas do complexo B”, reforça Matheus.
O veterinário destaca que cães e gatos são carnívoros por natureza e necessitam de nutrientes que só estão presentes em quantidade suficiente na proteína animal.
“Eles precisam receber aminoácidos que se encontram majoritariamente nas carnes. A proteína animal é completa e fornece todos os compostos de que o organismo deles necessita para se manter saudável”, complementa.
Transição e acompanhamento profissional
Assim como ocorre com as rações industrializadas, qualquer mudança alimentar deve ser feita de forma gradual e segura. Alterações bruscas podem causar distúrbios gastrointestinais, como diarreia e perda de apetite.
Por isso, o acompanhamento contínuo de um médico-veterinário é indispensável para garantir que o pet mantenha sua saúde, bem-estar e qualidade de vida.
“Mais importante do que seguir uma filosofia alimentar é respeitar as necessidades fisiológicas de cada animal. O cuidado ético começa pela saúde deles”, conclui o coordenador da UNINASSAU Fortaleza.
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