Saúde • 13:01h • 16 de novembro de 2024
Vacinação contra a coqueluche é essencial para conter o aumento de casos, alerta Saúde
Em uma semana o Paraná registrou 189 novos casos, totalizando 1.421 desde o início do ano. Por ser altamente transmissível – uma pessoa pode infectar de 12 a 17 indivíduos –, a Sesa alerta a população sobre a importância de manter a vacinação em dia
Da Redação com informações da Agência estadual de notícias do Paraná | Foto: SESA
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) divulgou na quarta-feira (13) os novos números referentes à coqueluche no Paraná. De acordo com o documento, em uma semana o Estado registrou 189 novos casos, totalizando 1.421 desde o início do ano. Por ser altamente transmissível – uma pessoa pode infectar de 12 a 17 indivíduos –, a Sesa alerta a população sobre a importância de manter a vacinação em dia.
A vacina contra a coqueluche faz parte do Calendário Nacional de Vacinação do SUS e está disponível nos postos de saúde.
“Estamos no período sazonal da doença, que ocorre entre os meses de setembro e março. Assim, é muito provável que o aumento no número de casos continue não só no Paraná, mas em todo o Brasil. Por isso, é fundamental que a população compreenda a importância de manter a carteirinha de vacinação atualizada, pois essa é a forma mais eficaz de prevenir a circulação do bacilo”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, César Neves.
Além das crianças, que recebem a imunização por meio das vacinas pentavalente (aos dois, quatro e seis meses) e DTP (reforço aos 15 meses e aos quatro anos), a Sesa recomenda que gestantes e profissionais da saúde também recebam o imunizante. De forma excepcional, trabalhadores de saúde e educação que atuam diretamente com gestantes, puérperas, neonatos e crianças menores de quatro anos devem receber a dose para maior proteção e prevenção.
Segundo dados do painel do Ministério da Saúde (MS), a cobertura vacinal atual da pentavalente em crianças é de 90%, enquanto a da DTP é de 86% Estado. Informações obtidas pela plataforma “Paraná Saúde Digital” indicam que das 39.847 gestantes com idade gestacional acima de 20 semanas atendidas e cadastradas no SUS, 53,3% (21.253) estão com a vacina em atraso no Paraná.
“A plataforma permite um acompanhamento muito mais eficaz da condição vacinal de toda a população. Com essa informação, é possível realizar uma busca ativa mais qualificada, promovendo uma imunização e prevenção contra a doença de forma humanizada”, explicou a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa, Maria Goretti David Lopes.
Sobre a doença
O risco da coqueluche é maior para crianças menores de um ano e, se não tratada adequadamente, pode evoluir para um quadro grave, podendo até levar à morte.
A doença evolui em três fases. Na inicial os sintomas são semelhantes aos de um resfriado comum, com febre baixa, mal-estar geral e coriza. Na segunda fase, surgem crises de tosse seca (cinco a dez tossidas em uma única inspiração), podendo ser seguidas de vômitos, falta de ar e coloração roxa na face. Na terceira fase, os sintomas diminuem, embora a tosse possa persistir por vários meses.
Diagnóstico
O diagnóstico laboratorial é feito por meio de cultura ou PCR em tempo real e está disponível para todos os pacientes suspeitos de coqueluche. Recentemente, as coletas foram ampliadas e estão disponíveis nas unidades de saúde do Paraná.
O tratamento é feito com antibióticos e deve ser prescrito por um médico. Por isso, é importante procurar um serviço de saúde para receber orientações, diagnóstico, tratamento adequado, monitoramento e rastreamento de contatos.
Veja o esquema vacinal contra a doença:
Vacina pentavalente:
Imuniza contra difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenza tipo B e hepatite B.
Crianças:
1ª dose aos 2 meses
2ª dose aos 4 meses
3ª dose aos 6 meses
Vacina DTP:
Previne difteria, tétano e coqueluche (pertussis).
Reforço aos 15 meses e aos 4 anos.
Vacina dTpa:
Previne difteria, tétano e coqueluche (pertussis).
Profissionais de saúde
Gestantes a partir da 20ª semana (a cada nova gestação)
Trabalhadores de saúde em maternidades, berçários, UTIs neonatais e Unidades de Cuidados Intermediários Neonatais
Trabalhadores da educação que cuidam de crianças até 4 anos
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