Saúde • 11:19h • 07 de novembro de 2025
Vacina brasileira contra dengue pode ser aprovada ainda este ano
Butantan prepara imunizante de dose única e expectativa é que chegue ao SUS em 2026
Jornalista: Carolina Javera MTb 37.921 com informações do CFF | Foto: CFF
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, informou que a vacina contra a dengue desenvolvida pelo Instituto Butantan deve ser aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) até o fim de 2024. A previsão, segundo ele, é que o imunizante comece a ser distribuído na rede pública de saúde em 2026.
O produto foi submetido para avaliação destinado a pessoas de 2 a 59 anos e tem como diferencial ser aplicado em dose única. Apesar da expectativa positiva, ainda não há definição oficial sobre o público que será contemplado inicialmente pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI).
Padilha afirmou que o governo continua adquirindo o imunizante usado atualmente no país, produzido pela farmacêutica japonesa Takeda, que é aplicado em duas doses. No entanto, reforçou que a estratégia prioritária é fortalecer a capacidade nacional de produção, destacando que o desenvolvimento da vacina do Butantan representa autonomia tecnológica para o Brasil no combate à dengue.
O ministro também mencionou o acordo entre o Butantan e a chinesa WuXi Biologics, responsável pela fabricação inicial do imunizante a partir da tecnologia brasileira. Técnicos do instituto paulista participaram do treinamento das equipes estrangeiras, e os estudos finais estão em fase avançada de análise pela Anvisa.
Embora no anúncio inicial tenha sido citada a possibilidade de produção anual de 60 milhões de doses, o Ministério da Saúde agora trabalha com a expectativa de 40 milhões de doses disponíveis para 2026, conforme reuniões técnicas com o Butantan e a WuXi.
Atualmente, o SUS utiliza a vacina da Takeda, indicada para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. Desde o início da campanha nacional, quase dois anos atrás, foram aplicadas 7,9 milhões de doses — 4,9 milhões primeiras aplicações e 2,4 milhões segundas doses.
Com a chegada do imunizante brasileiro, o governo espera ampliar a cobertura vacinal e reforçar a resposta do país diante do aumento de casos de dengue registrado nos últimos anos.
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