Saúde • 14:50h • 01 de agosto de 2025
USP terá centro com nanotecnologia para diagnóstico e tratamento de câncer e doenças raras
Sediado no Instituto de Física de São Carlos da USP, novo centro vai propor soluções de alta tecnologia, com segurança, personalização e potencial de aplicação na prática clínica
Jornalista: Carolina Javera MTb 37.921 com informações de Agência SP | Foto: Governo de SP

A USP vai sediar um novo centro nacional voltado ao uso da nanotecnologia no combate ao câncer e a doenças raras. Localizado no Instituto de Física de São Carlos (IFSC), o Centro Nacional de Inovação em Nanotecnologia Aplicada ao Diagnóstico e Terapia do Câncer e Doenças Raras foi aprovado por chamada pública da Finep e contará com financiamento inicial de cerca de R$ 12 milhões até 2028.
O projeto será coordenado pelo professor Valtencir Zucolotto e reúne pesquisadores do Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia (GNano), fundado em 2012, além de professores dos grupos de Polímeros e Fotônica do IFSC. Também participam instituições como o Hospital de Amor (Barretos), a Faculdade de Medicina da USP, o Instituto do Câncer de SP (Icesp) e parceiros internacionais.
O novo centro vai ampliar as pesquisas já realizadas no IFSC, com foco no desenvolvimento de nanomedicamentos para tratar tipos de câncer como glioblastoma e câncer de pulmão, além de doenças raras, como a Atrofia Muscular Espinhal (AME). A proposta inclui criar terapias mais seguras, eficazes e personalizadas, com potencial de aplicação em larga escala.
As atividades do centro se dividem em três áreas principais: nanomedicina teranóstica (com nanopartículas que diagnosticam e tratam ao mesmo tempo), nanovacinas e imunoterapia (que estimulam o sistema imune a combater células doentes) e nanotoxicologia (para garantir a segurança das aplicações clínicas e ambientais).
A tecnologia desenvolvida pelo GNano já tem reconhecimento nacional. Em 2024, o grupo foi premiado no Veja Saúde & Oncoclínicas de Inovação Médica por criar uma técnica de administração nasal de medicamentos para o tratamento de glioblastoma.
Segundo Zucolotto, a criação do centro vai permitir investir em estrutura, equipamentos e pessoal, além de facilitar parcerias com empresas da área e acelerar a transferência de tecnologia para o SUS.
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