Ciência e Tecnologia • 14:10h • 18 de julho de 2024
USP é pioneira no uso de robô cirúrgico no ensino de medicina
A Faculdade de Medicina da USP inaugura o Centro de Treinamento em Procedimentos Minimamente Invasivos, focando na democratização da técnica no SUS
Da Redação | Com informações do Governo de SP | Foto: Divulgação
A Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) se tornou a primeira escola médica da América Latina a utilizar um robô cirúrgico para o ensino de procedimentos minimamente invasivos, ao inaugurar o Centro de Treinamento em Procedimentos Minimamente Invasivos (Promin). Este avanço coloca a instituição na vanguarda da tecnologia médica na região.
Os procedimentos minimamente invasivos são técnicas que permitem a realização de cirurgias através de pequenas incisões no corpo, ao contrário das grandes aberturas necessárias na cirurgia convencional.
O professor José Pinhata Otoch, titular da disciplina de Técnica Cirúrgica do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da USP, explica que o uso de robôs na cirurgia reduz significativamente o tempo de internação e o trauma cirúrgico, proporcionando uma recuperação mais rápida aos pacientes.
Não todos os tipos de cirurgia são adequados para a robótica. Cirurgias de emergência, como aquelas decorrentes de traumas, não podem ser facilmente adaptadas para o modelo robótico. No entanto, cirurgias eletivas, como as urológicas, do trato digestório e algumas pulmonares, são fortes candidatas para a aplicação dessa tecnologia.
Adoção no SUS
Um dos principais objetivos do uso do robô cirúrgico na formação de cirurgiões é permitir que essa tecnologia possa ser incorporada no Sistema Único de Saúde (SUS).
“A formação de cirurgiões tem um objetivo muito claro que é passar esse conhecimento para que isso possa ser incorporado dentro do Sistema Único de Saúde”, afirma o professor Otoch. Ele destaca que, atualmente, os Procedimentos Minimamente Invasivos são predominantes em nichos de alta renda, mas a meta é democratizar o acesso a essa tecnologia.
O avanço tecnológico na área de robótica médica tem sido rápido. “Até alguns anos atrás, nós tínhamos dois fabricantes de robôs no mundo; hoje nós temos 160”, comenta Otoch. Ele acredita que o novo Centro de Treinamento da USP ajudará a integrar mais profundamente essas tecnologias na formação médica, promovendo uma atualização profissional que se alinha com as necessidades e possibilidades da prática médica moderna.
O Centro de Treinamento em Procedimentos Minimamente Invasivos da USP promete ser um marco importante no ensino da medicina, permitindo que mais cirurgiões adquiram habilidades em técnicas avançadas e, eventualmente, levando essas inovações para a prática clínica no SUS, beneficiando um número maior de pacientes em todo o Brasil.
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