Educação • 19:43h • 27 de abril de 2024
Universitários de SP desenvolvem jogo inclusivo para auxiliar crianças surdas na aprendizagem
Projeto didático inovador usa materiais recicláveis para facilitar ensino de matemática a estudantes com deficiência auditiva
Da Redação | Governo de SP - Foto: Divulgação |
Em uma iniciativa que destaca a inclusão e a inovação, estudantes dos cursos de Licenciatura em Matemática e Pedagogia da Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp) desenvolveram um jogo didático destinado a facilitar o aprendizado de crianças com deficiência auditiva.
O projeto, intitulado “Surdez No Ensino Fundamental: Material Adaptado e Aprendizagem”, foi criado pelos alunos Amanda Pereira, Ana Paula Silva, Edilene Aparecida Galvão, Jean Cesar de Lima, Lívia de Oliveira, Raisa Bordalo e Sirleine Maria Lima, com orientação de Aureluce Maia dos Santos.
O material educativo, elaborado a partir de objetos reutilizados, busca promover a inclusão de estudantes surdos em aulas de matemática, incentivando não apenas a aprendizagem mas também a oralidade.
A falta de intérpretes de Libras e de recursos adaptados em muitas escolas foi o que motivou a equipe a desenvolver o projeto. Durante suas pesquisas e visitas a instituições educacionais, os universitários identificaram a necessidade urgente de materiais didáticos inclusivos.
Uma das inovações introduzidas pelo grupo é a "Máquina de somar", construída usando uma caixa simples e objetos pequenos como tampas de garrafas ou grãos de milho.
Através desta máquina, os alunos podem praticar somas de maneira interativa, utilizando os objetos para realizar as operações matemáticas. Esta abordagem facilita a compreensão dos conceitos matemáticos pelas crianças surdas, como promove a interação entre elas.
O jogo foi testado em uma turma da cidade de Altinópolis, que incluía uma aluna surda. A receptividade foi extremamente positiva, especialmente da menina com deficiência auditiva, que mostrou melhoras significativas em sua capacidade de compreender a ação de somar.
Segundo a professora do Atendimento Educacional Especializado (AEE), o projeto não apenas ajudou a aluna a entender melhor os conceitos matemáticos, mas também facilitou sua integração social com os outros colegas.
O sucesso do projeto reforça a importância de desenvolver e implementar recursos didáticos que atendam às necessidades de todos os alunos, garantindo que o processo educacional seja verdadeiramente inclusivo.
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