Cidades • 18:36h • 06 de junho de 2025
Turismo com gosto de memória: culinária vira motivo principal de viagem
Comida se torna elemento central nas viagens, influenciando 75% dos turistas na escolha do destino; empresas apostam em experiências autênticas e imersivas
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Mention | Foto: Divulgação

Explorar novos sabores, aprender receitas tradicionais e vivenciar a cultura local por meio da culinária tem deixado de ser um detalhe e se tornado o principal motivo de muitas viagens. De acordo com dados da CNN Brasil, 75% dos viajantes ao redor do mundo consideram a gastronomia um fator decisivo na hora de escolher para onde ir. No Brasil, a tendência é ainda mais forte: 70% dos turistas preferem destinos que oferecem experiências gastronômicas únicas, segundo o Mapa das Franquias.
Atenta a esse cenário em constante expansão, a agência Welcome Trips tem investido em roteiros que colocam a comida no centro das experiências. A proposta é simples, mas poderosa: conectar os viajantes à essência cultural dos lugares visitados por meio da cozinha local. A curadoria inclui atividades como aulas de culinária com chefs regionais, visitas a feiras e mercados tradicionais e degustações exclusivas de pratos típicos.
Comida que conta histórias
Para Mariana Volpi, CPO da Welcome Trips, a culinária tem o poder de criar vínculos afetivos e transformar a forma como enxergamos um destino. “A comida é muito mais do que sabor. Ela carrega memória, território, identidade. Quando um viajante compartilha um prato com um morador local, ele acessa um pedaço da história daquela comunidade”, afirma.
Mais do que apenas saborear pratos típicos, o turismo gastronômico oferece uma imersão completa. Ao participar da produção de alimentos, entender as influências culturais por trás de cada ingrediente e descobrir os saberes locais transmitidos por gerações, o turista se torna parte da história do lugar.
Impacto social e econômico
A valorização da culinária como eixo estruturante do turismo já é reconhecida internacionalmente. Durante debates recentes do G20, líderes destacaram a importância da gastronomia como vetor de desenvolvimento sustentável, capaz de fortalecer economias locais, impulsionar o trabalho de pequenos produtores e fomentar o empreendedorismo de base comunitária.
A abordagem também contribui para a preservação do patrimônio imaterial, como receitas ancestrais e técnicas de preparo tradicionais. “Quando o turista valoriza o pequeno produtor, o restaurante familiar, o cultivo artesanal, ele ajuda a manter vivas práticas que muitas vezes estão ameaçadas pelo avanço da globalização”, observa Mariana.
Muito além da refeição
Na prática, o turismo gastronômico não se resume a bons restaurantes. Ele envolve um movimento de valorização das experiências afetivas e culturais por meio dos sabores. Ao participar de um preparo de moqueca no litoral baiano ou aprender a fazer massa fresca em uma vila italiana, o viajante compreende que a culinária é uma linguagem universal e uma das mais eficazes para conhecer o mundo de verdade.
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