• Peniafobia: entenda o medo irracional de ficar pobre que já atinge grande parte da população
  • Assis celebra cultura preta com capoeira e baile charme no Barracão da V.O neste sábado
  • Obras do artista assisense Alemão Art estão entre os destaques do Favela Gala 2025
Novidades e destaques Novidades e destaques

Responsabilidade Social • 11:11h • 24 de maio de 2025

Trópicos registram perda recorde de floresta primária

Levantamento mostra destruição de 18 campos de futebol por minuto

Agência Brasil | Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

A Amazônia teve a maior perda de vegetação desde o recorde em 2016, saltando 110% de 2023 a 2024, sendo os incêndios o elemento central no ano passado.
A Amazônia teve a maior perda de vegetação desde o recorde em 2016, saltando 110% de 2023 a 2024, sendo os incêndios o elemento central no ano passado.

Em 2024, países dos trópicos, como o Brasil e a Bolívia, perderam 6,7 milhões de hectares de floresta primária. A área, que corresponde à do Panamá inteiro, é a maior já registrada pelo Laboratório de Análise e Descoberta de Terras Globais (Glad Lab), da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos.

Os dados, que podem ser vistos na plataforma Global Forest Watch (GFW), do World Resources Institute (WRI), confirmam a destruição de 18 campos de futebol por minuto. Os incêndios florestais são o principal fator para a perda vegetal - algo que os especialistas destacam, a fim de diferenciar de desmatamento, já que esse pressupõe ação humana e nem sempre é o contexto de todas as situações monitoradas. Eles acrescentam que, ainda que os incêndios sejam um fenômeno natural em certos ecossistemas, em florestas tropicais são quase sempre provocados pelo ser humano.

Os incêndios queimaram cinco vezes mais floresta tropical primária em 2024 do que em 2023. Um grupo de apenas dez países responderam por 87% da perda registrada no ano passado, estando no topo da lista o Brasil, onde 42% da perda nos trópicos ficaram concentrados. Também compõem a relação a Bolívia, que subiu para a segunda posição nesse último ano de análise, a República Democrática do Congo, Indonésia, o Peru, Laos, a Colômbia, Camarões, a Nicarágua e o México.

Em todo o mundo, houve também um recorde de perda de cobertura arbórea, ou seja, o agravamento do quadro não ficou limitado às florestas tropicais primárias. O monitoramento indicou aumento de 5% na perda total, na comparação com 2023, o que elevou a soma da área devastada para 30 milhões de hectares e fez com que, pela primeira vez, os pesquisadores constatassem grandes incêndios consumindo vegetação tanto nos trópicos quanto em florestas boreais.

O acadêmico e codiretor do Glad Lab, Peter Potapov, explicou que foram identificadas perdas significativas, inclusive em locais remotos, como o Alasca, em pontos do Canadá e também na Sibéria. Para Potapov, há preocupação com o fato de atingir florestas em pontos mais recuados porque "nos cenários intactos não há atividade industrial".

Brasil

Quanto ao caso específico do Brasil, Potapov apontou os fatores que contribuem para o avanço na devastação de florestas intactas.

"A agricultura industrial, a mineração e a exploração madeireira são os principais responsáveis por sua perda", afirmou, em resposta ao questionamento da Agência Brasil.

O resultado da generalização é atribuído também ao volume de gases de efeito estufa produzido pelos incêndios. Foram expelidas 4,1 Gt, quantidade quatro vezes maior do que em 2023.

"Isso tem que ser um chamado para todos os países, os negócios, porque, se continuar nesse caminho, vamos devastar tudo, não vamos frear a mudança climática e teremos grandes impactos", recomendou a codiretora da GFW.

Segundo o catedrático Matt Hansen, também codiretor do Glad Lab, o documento com as informações consolidadas completa uma década com indicativos críticos. "Estamos vendo esse relatório como más notícias", resumiu.

Biomas brasileiros

No relatório, constam mais detalhes sobre o período atravessado pelo Brasil, país com o maior número de florestas primárias tropicais do mundo. De acordo com a equipe do Glab Lab, as taxas de perda não relacionada a incêndios também subiram 13% em 2024, mas permaneceram abaixo dos picos do início dos anos 2000 e também dos alcançados durante o governo anterior.

No documento, os pesquisadores atribuem, principalmente, ao desmatamento de florestas para monocultivo de soja e para a pecuária a responsabilidade pela perda de floresta primária. Eles reconhecem que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem buscado garantir a preservação dos biomas por meio de políticas socioambientais, com a revogação de leis, a demarcação de terras indígenas e ações que visam ao cumprimento da legislação em vigor, mas que essa evolução ainda está ameaçada pela expansão agropecuária.

A Amazônia teve a maior perda de vegetação desde o recorde em 2016, saltando 110% de 2023 a 2024, sendo os incêndios o elemento central no ano passado. O Pantanal, por sua vez, foi o bioma que apresentou o maior percentual de perda de cobertura arbórea.

Últimas Notícias

Descrição da imagem

Variedades • 19:39h • 12 de setembro de 2025

Peniafobia: entenda o medo irracional de ficar pobre que já atinge grande parte da população

Condição pouco conhecida pode impactar decisões, relações pessoais e saúde mental; especialista alerta para sinais e caminhos de tratamento

Descrição da imagem

Economia • 18:26h • 12 de setembro de 2025

Gestão ineficiente em TI e telecom pode custar até R$ 350 mil por milhão investido

Linhas inativas, pacotes superdimensionados e cobranças indevidas compõem os chamados “desperdícios invisíveis”, que corroem a saúde financeira das companhias

Descrição da imagem

Ciência e Tecnologia • 17:39h • 12 de setembro de 2025

Estudantes criam combustível ecológico a partir de resíduos de madeira

Projeto premiado alia economia circular, impacto social e ambiental, e pode ser replicado em comunidades próximas aos centros logísticos da CHEP no Brasil

Descrição da imagem

Responsabilidade Social • 17:04h • 12 de setembro de 2025

Ilhas brasileiras: estudo revela presença de espécies exclusivas

Pesquisa foi publicada pela plataforma Peer Community Journal

Descrição da imagem

Cidades • 16:49h • 12 de setembro de 2025

Vacinação antirrábica em Maracaí começa neste sábado pelos bairros Vila Nova e Tiemann

Campanha vai percorrer diversos pontos da cidade até outubro, sempre aos sábados, das 8h às 12h

Descrição da imagem

Cultura e Entretenimento • 16:17h • 12 de setembro de 2025

Sextou em Assis com show da banda Doctor Roll e encontro dos Primatas Arcanos M.C.

Evento no Recinto Ficar será nesta sexta-feira, 12 de setembro, com entrada solidária, música ao vivo e praça de alimentação

Descrição da imagem

Esporte • 15:38h • 12 de setembro de 2025

Assis recebe semifinais da Copa CIVAP de Futsal nesta sexta-feira

Pompéia enfrenta Iepê e Assis disputa vaga na final contra Sandovalina no Jairão

Descrição da imagem

Cultura e Entretenimento • 15:05h • 12 de setembro de 2025

Assis celebra cultura preta com capoeira e baile charme no Barracão da V.O neste sábado

Programação no Barracão da V.O. inclui atividades de Capoeira Angola pela manhã e música preta à noite com renda revertida a projetos sociais

As mais lidas

Ciência e Tecnologia

Como se preparar para o primeiro apagão cibernético de 2025

Especialistas alertam para a necessidade de estratégias robustas para mitigar os impactos de um possível colapso digital

Descrição da imagem

Cultura e Entretenimento

Quanto seria o ingresso se o show de Lady Gaga fosse pago?