Saúde • 16:37h • 19 de outubro de 2025
Transtorno bipolar infantil: como identificar os sinais e garantir o suporte adequado
Psicóloga destaca os principais sintomas, os impactos emocionais e a importância do diagnóstico precoce e do acompanhamento psicológico
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Agência 2205 | Foto: Divulgação

O transtorno bipolar, geralmente associado a adultos, também pode afetar crianças e adolescentes. Identificar precocemente os sinais é essencial para garantir um acompanhamento adequado e minimizar os impactos na vida escolar, social e familiar. A psicóloga Roberta Passos explica que observar as mudanças de comportamento e o desenvolvimento emocional das crianças pode fazer toda a diferença no tratamento.
“O transtorno bipolar infantil se manifesta por oscilações intensas de humor, que variam de períodos de euforia e hiperatividade a fases de irritabilidade, tristeza ou apatia. Explosões de raiva frequentes, alterações no sono e no apetite, comportamento impulsivo e dificuldade de concentração são sinais de alerta. É importante lembrar que essas mudanças precisam ser constantes e duradouras para caracterizar um quadro clínico”, esclarece a psicóloga.
Essas alterações afetam diretamente o cotidiano da criança interferem no rendimento escolar, nas relações familiares e sociais, e aumentam a vulnerabilidade a outros transtornos, como ansiedade e depressão.
Diagnóstico e acompanhamento são fundamentais
O diagnóstico precoce, aliado ao acompanhamento psicológico contínuo, é determinante para o manejo do transtorno. Roberta destaca que a psicoterapia auxilia a criança a desenvolver estratégias de autocontrole, regulação emocional e habilidades socioemocionais.
“O acompanhamento profissional adequado não substitui o olhar atento da família e da escola, mas fornece ferramentas para compreender o comportamento da criança e construir um ambiente de suporte e acolhimento”, afirma.
A especialista ressalta ainda a importância de identificar gatilhos emocionais e períodos críticos, como mudanças na rotina, estresse ou eventos traumáticos, que podem intensificar os episódios de instabilidade emocional. “A comunicação entre pais, professores e terapeutas é essencial para ajustar intervenções e evitar complicações”, orienta.
Com diagnóstico e cuidado adequados, as crianças com transtorno bipolar podem ter uma vida equilibrada, aprender e socializar de forma saudável, reforça Roberta. “Embora o transtorno seja desafiador, o suporte profissional e familiar faz toda a diferença no bem-estar e na qualidade de vida dessas crianças.”
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