Mundo • 10:22h • 23 de setembro de 2025
Trabalho infantil no país cai 21,4% em oito anos, mostra IBGE
Em 2024, eram 1,65 milhão de crianças e adolescentes
Jornalista: Carolina Javera MTb 37.921 com informações de Agência Brasil | Foto: Ministério do Trabalho/Divulgação
O Brasil reduziu em 21,4% o número de crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil em oito anos. Em 2016, eram 2,1 milhões de pessoas entre 5 e 17 anos; em 2024, esse número caiu para 1,65 milhão.
A proporção também diminuiu: em 2016, 5,2% dos jovens dessa faixa etária trabalhavam; em 2024, o índice foi de 4,3%. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do IBGE.
Apesar da queda no longo prazo, houve uma pequena alta entre 2023 e 2024: o número de crianças e adolescentes ocupados cresceu 2,1%, chegando a 1,65 milhão. Para o analista do IBGE Gustavo Geaquinto Fontes, o aumento não indica necessariamente uma mudança de tendência, já que o patamar ainda é baixo.
O crescimento recente ocorreu principalmente entre adolescentes de 16 e 17 anos e entre meninos.
Tendência histórica
- 2016: 5,2%
- 2017: 4,9%
- 2018: 4,9%
- 2019: 4,5%
- 2022: 4,9%
- 2023: 4,2%
- 2024: 4,3%
O que é trabalho infantil
O IBGE segue a definição da OIT, que considera trabalho infantil toda atividade perigosa, prejudicial ao desenvolvimento ou que atrapalhe os estudos. Pela lei brasileira:
- até 13 anos: é proibido qualquer trabalho;
- entre 14 e 15 anos: só é permitido como aprendiz;
- entre 16 e 17 anos: não pode haver trabalho noturno, perigoso, insalubre ou sem carteira assinada.
Perfil do trabalho infantil
- Faixa etária: 55,5% estão entre 16 e 17 anos; os demais se dividem entre 5 a 13 e 14 a 15 anos.
- Renda média: R$ 845 por mês, chegando a R$ 1.259 entre quem trabalha 40 horas ou mais.
- Setores mais comuns: comércio (30,2%), agricultura (19,2%), alojamento e alimentação (11,6%), indústria (9,3%), serviços domésticos (7,1%).
- Raça: pretos e pardos representam 66,6% do total, embora sejam 59,7% da população jovem.
- Sexo: meninos são maioria (66%).
- Regiões: o trabalho infantil é mais frequente no Norte (6,2%) e menor no Sudeste (3,3%).
Atividades domésticas
Além do trabalho infantil, o IBGE levantou informações sobre afazeres domésticos. Em 2024, 54,1% dos jovens de 5 a 17 anos ajudavam em tarefas de casa. Nesse caso, as meninas são maioria: 58,2% contra 50,2% dos meninos.
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