Saúde • 16:21h • 05 de agosto de 2025
TPM, energia, foco: veja como o ciclo afeta o dia a dia das mulheres
Ginecologista explica como cada etapa do ciclo impacta a saúde física, emocional e mental, e defende um cuidado mais integrado à realidade hormonal feminina
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da AFonte Comunica | Foto: Divulgação

Muito além do sangramento mensal, o ciclo menstrual envolve um processo hormonal contínuo que influencia diretamente o humor, a disposição, o foco e até mesmo a produtividade das mulheres. Para a ginecologista Loreta Canivilo, compreender essas oscilações hormonais é fundamental não só para o autoconhecimento, mas também para promover um cuidado mais acolhedor à saúde feminina, inclusive em ambientes profissionais.
“O ciclo menstrual é composto por quatro fases distintas, e cada uma provoca respostas específicas no corpo e na mente da mulher”, explica Loreta. Segundo ela, ignorar esses efeitos contribui para a perpetuação de padrões de cobrança e desempenho incompatíveis com a biologia feminina.
Na fase menstrual (dias 1 a 5), o corpo passa pela descamação do endométrio, e com isso vêm sintomas como cansaço, cólicas, menor disposição e uma tendência à introspecção. Já a fase folicular (dias 6 a 13) marca o fim do sangramento e a retomada da energia. Com o aumento do estrogênio, muitas mulheres relatam maior clareza mental, criatividade e confiança — um ótimo momento para iniciar projetos e tomar decisões.
A fase ovulatória (dias 14 a 16) é caracterizada pela liberação do óvulo. O estrogênio atinge seu pico, e a testosterona também se eleva, o que contribui para maior sociabilidade, libido e desempenho. É considerada a fase de maior disposição física e mental, ideal para atividades que exigem foco, exposição ou estratégia. Por fim, a fase lútea (dias 17 a 28) é quando ocorre a elevação da progesterona. Nessa etapa, podem surgir sintomas da Tensão Pré-Menstrual (TPM), como irritabilidade, alterações no sono, no apetite e maior vulnerabilidade emocional.
Loreta defende que as mulheres acompanhem seus ciclos para identificar padrões e adaptar suas rotinas de forma mais saudável. Ela também destaca o papel das empresas nesse processo. “Ambientes que reconhecem essas variações e adotam políticas de bem-estar hormonal têm colaboradoras mais engajadas e produtivas”, afirma.
A médica reforça ainda que o cuidado com o ciclo não deve se restringir ao controle de sintomas ou à prescrição de contraceptivos. “Precisamos olhar para a mulher de forma integrada: física, emocional e comportamental. Quanto mais ela conhece o próprio ciclo, mais autonomia tem para planejar, se cuidar e pedir ajuda quando necessário.”
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