Ciência e Tecnologia • 11:18h • 19 de janeiro de 2025
TikTok e CapCut fora do ar nos EUA: a lição que empresas brasileiras precisam aprender agora
Com a proibição do TikTok e do CapCut nos EUA, os usuários e empresários brasileiros precisam refletir sobre os riscos de construir suas estruturas digitais em plataformas internacionais e vulneráveis
Da Redação | Foto: Reprodução/Redes Sociais
Neste domingo (19), um marco importante aconteceu no cenário digital: o TikTok foi oficialmente banido nos Estados Unidos, acompanhado pelo CapCut, um dos aplicativos mais populares para edição de vídeos. A decisão traz à tona um debate sério sobre a segurança, privacidade e os riscos envolvidos no uso de plataformas digitais internacionais.
Enquanto nos EUA a medida afeta diretamente mais de 170 milhões de usuários, no Brasil a situação exige uma reflexão urgente, principalmente para os empresários que dependem dessas redes sociais para gerenciar seus negócios e alcançar clientes.
A guerra tecnológica e o risco de perder a estrutura digital
A questão que está em jogo é muito mais do que a perda de uma rede social popular – trata-se de uma guerra tecnológica entre potências, com interesses econômicos, geopolíticos e de segurança nacional no centro.
O governo dos EUA acusa a ByteDance, empresa dona do TikTok, de coletar dados sensíveis de seus cidadãos, um risco à segurança nacional. Para a população brasileira, a situação é um alerta: empresas e usuários podem, a qualquer momento, perder o acesso a suas contas e dados por questões políticas ou regulatórias de outros países.
Imagem: Reprodução/X | @charliekirk11
O que significa para as empresas brasileiras?
O principal reflexo dessa medida é a importância de garantir uma presença digital independente. Muitos empresários brasileiros utilizam o TikTok e o CapCut não apenas para entretenimento, mas como ferramentas essenciais para negócios, marketing e vendas. Se esses aplicativos saírem do ar, o que acontece com esses negócios?
O grande perigo é depender exclusivamente de uma plataforma que não controla e que pode ser banida a qualquer momento. Isso já foi visto com o X (Twitter), agora estamos testemunhando no TikTok. O que nos espera no futuro?
A fragilidade das plataformas internacionais
É alarmante perceber que muitas empresas no Brasil – especialmente pequenas e médias – baseiam sua operação de marketing digital exclusivamente em plataformas como TikTok, Instagram e Facebook.
São nelas que geram conteúdo, capturam leads, vendem produtos e fidelizam clientes. A qualquer momento, essas plataformas podem ser modificadas, bloqueadas ou até mesmo banidas, como acontece agora com o TikTok nos EUA. Isso expõe uma fragilidade em construir a base do negócio em plataformas de terceiros.
Imagem: Reprodução/X | @cerwinliveIG
O que fazer agora?
O alerta para os empresários de Assis, do interior paulista e do país é claro: é fundamental ter um plano B. A primeira medida é começar a recolher contatos fora dessas redes. Criar listas de e-mails, captar números de WhatsApp, investir em novos canais que sejam mais seguros e, sobretudo, apostar no fortalecimento de uma base de dados própria.
Não podemos esquecer que, no futuro, as decisões políticas podem afetar diretamente as redes sociais que utilizamos e, com elas, nossos negócios.
Além disso, é hora de olhar com atenção para plataformas nacionais ou alternativas que ofereçam maior controle sobre os dados. Empresas brasileiras precisam valorizar soluções locais, que sigam a legislação e garantam mais estabilidade a longo prazo.
O que esperar de Donald Trump?
O retorno de Donald Trump ao poder aumenta a incerteza. Embora haja expectativas de que ele possa adiar a proibição do TikTok ou forçar sua venda a um empresário americano, o futuro permanece nebuloso.
Em tempos de incerteza política e mudanças rápidas, estar preparado para possíveis apagões digitais pode ser a chave para manter a continuidade dos negócios.
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