• Perda de gordura subcutânea após uso de canetas emagrecedoras preocupa especialistas
  • Conheça os principais direitos trabalhistas assegurados às mulheres pela CLT em 2025
  • Oportuna 2025 confirma agenda completa com quatro palestras e foco no futuro do trabalho
Novidades e destaques Novidades e destaques

Responsabilidade Social • 15:26h • 12 de julho de 2025

Tese da Fiocruz propõe inclusão na maternidade de mulheres com deficiência

Tese da Fiocruz propõe escuta inclusiva e justiça reprodutiva para mulheres com deficiência na maternidade.

Jornalista: Carolina Javera MTb 37.921 com informações da Fiocruz | Foto: Arquivo Âncora1

A pesquisa cita que, em 2022, o Brasil contava com 14,4 milhões de pessoas com deficiência, sendo 8,3 milhões mulheres e 6,1 milhões homens. Isso representa 8,1% da população feminina total e 6,4% da masculina. Mais da metade dessas pessoas são mulheres, totalizando 10,7 milhões.
A pesquisa cita que, em 2022, o Brasil contava com 14,4 milhões de pessoas com deficiência, sendo 8,3 milhões mulheres e 6,1 milhões homens. Isso representa 8,1% da população feminina total e 6,4% da masculina. Mais da metade dessas pessoas são mulheres, totalizando 10,7 milhões.

Uma tese de doutorado desenvolvida na Fiocruz propõe uma abordagem ética e inclusiva para compreender as experiências de maternidade de mulheres com deficiência, destacando os desafios enfrentados por esse grupo, as violências sofridas nos serviços de saúde e os caminhos possíveis para alcançar a justiça reprodutiva.

Elaborado pela enfermeira obstétrica Fernanda Rodrigues Chaves Morais, o estudo parte do reconhecimento de que a invisibilidade e a negação de direitos das mulheres com deficiência – especialmente no campo da maternidade – resultam em violações que vão desde o preconceito familiar até barreiras institucionais. A tese foi desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e da Mulher do Instituto Nacional Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz).

Segundo dados de 2022 citados na pesquisa, o Brasil tem cerca de 14,4 milhões de pessoas com deficiência, sendo 8,3 milhões mulheres. Apesar da representatividade, essas mulheres seguem à margem das políticas públicas voltadas à saúde reprodutiva.

A pesquisa aponta que a violação de direitos se manifesta principalmente nos períodos de gravidez, parto e pós-parto, em razão de barreiras comunicacionais, físicas e atitudinais nos serviços de saúde. Para enfrentar esse cenário, a metodologia da tese priorizou a escuta qualificada, com entrevistas em grupos focais para garantir participação ativa e representatividade das diferentes realidades vividas pelas participantes.

A análise das narrativas revelou três eixos principais:

  • Infantilização, desumanização e descrédito da maternidade das mulheres com deficiência;
  • Capacitismo obstétrico como forma de violência obstétrica;
  • Justiça reprodutiva e politização da maternidade e do cuidado.

“A superproteção, frequentemente tratada como cuidado, acaba gerando infantilização e despersonalização, o que se reflete até mesmo no funcionamento do SUS. É urgente investir na formação permanente de profissionais da saúde para garantir atendimento humanizado e inclusivo”, defende Fernanda.

O estudo também se alinha a marcos legais e institucionais como a Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência e a Lei Brasileira de Inclusão (LBI), que completa 10 anos em julho. Segundo a autora, esses documentos foram tratados como fundamentos ético-políticos na construção da pesquisa, que valorizou uma estética afirmativa e inclusiva desde a sua concepção até a divulgação dos resultados.

A professora e pesquisadora Martha Moreira, orientadora da tese ao lado de Laureane Lima Costa, destaca a originalidade do trabalho. “É a primeira pesquisa do programa que aborda as maternidades de mulheres com deficiência a partir da escuta direta das próprias mulheres. Os resultados reforçam a importância de uma perspectiva interseccional que considere deficiência, gênero, raça e classe como elementos fundamentais para práticas de cuidado mais justas e inclusivas.”


Últimas Notícias

Descrição da imagem

Educação • 14:11h • 10 de setembro de 2025

Dados revelam que 23% das crianças não aprendem a ler e escrever plenamente

Quase um quarto das crianças brasileiras de até oito anos ainda não domina plenamente leitura e escrita, segundo o IBGE

Descrição da imagem

Cidades • 13:38h • 10 de setembro de 2025

Cândido Mota disponibiliza endereços rurais digitais para produtores e moradores

Programa Rotas Rurais garante mais segurança, acessibilidade e valorização às propriedades da zona rural

Descrição da imagem

Educação • 13:00h • 10 de setembro de 2025

Ensino superior no Brasil pode mais que dobrar salário

Informação está em relatório da OCDE sobre desempenho da educação

Descrição da imagem

Saúde • 12:35h • 10 de setembro de 2025

Perda de gordura subcutânea após uso de canetas emagrecedoras preocupa especialistas

Tecnologia em medicina estética oferece alternativas não invasivas para preservar firmeza da pele após emagrecimento rápido

Descrição da imagem

Saúde • 12:05h • 10 de setembro de 2025

Lavar ou não lavar os ovos? Especialista explica os riscos da prática

Camada protetora da casca evita contaminação e pode ser comprometida pela lavagem inadequada

Descrição da imagem

Responsabilidade Social • 11:40h • 10 de setembro de 2025

Conheça os principais direitos trabalhistas assegurados às mulheres pela CLT em 2025

Estabilidade na gestação, igualdade salarial e combate ao assédio estão entre as garantias previstas em lei

Descrição da imagem

Cultura e Entretenimento • 11:10h • 10 de setembro de 2025

Oportuna 2025 confirma agenda completa com quatro palestras e foco no futuro do trabalho

Agenda de 17 a 19 de setembro reúne Rivkah e especialistas de RH e do agro no Salão Paroquial da Igreja Matriz; evento tem apoio do Sebrae e da NovAmérica

Descrição da imagem

Saúde • 10:26h • 10 de setembro de 2025

Atendimentos de saúde mental crescem 40% em SP

Porta de entrada para atendimento psicológico pelo SUS é feita na Atenção Básica, por meio da Rede de Atenção Psicossocial (Raps) e das Unidades Básicas de Saúde (UBSs), que são administradas pelos municípios

As mais lidas

Ciência e Tecnologia

Como se preparar para o primeiro apagão cibernético de 2025

Especialistas alertam para a necessidade de estratégias robustas para mitigar os impactos de um possível colapso digital

Descrição da imagem

Cultura e Entretenimento

Quanto seria o ingresso se o show de Lady Gaga fosse pago?