Mundo • 08:40h • 30 de julho de 2025
Terremoto de magnitude 8,8 na Rússia provoca alertas de tsunami em diversos países do Pacífico
Milhares de pessoas devem deixar as suas casas
Jornalista: Carolina Javera MTb 37.921 | Foto: Reprodução Redes Sociais

Na quarta feira(30), noite de terça no Brasil, um forte terremoto de magnitude 8,8 atingiu a região costeira da Península de Kamchatka, no extremo leste da Rússia, desencadeando uma série de alertas de tsunami em diversos países banhados pelo Oceano Pacífico. O epicentro foi registrado a cerca de 125 quilômetros de Petropavlovsk-Kamchatsky, a uma profundidade de apenas 19 quilômetros, o que elevou o potencial destrutivo do abalo.
Alerta global e evacuações em massa
Imediatamente após o tremor, as autoridades russas emitiram alertas para a Península de Kamchatka e as Ilhas Curilas, onde mais de 2.700 pessoas foram evacuadas, incluindo cerca de 600 crianças. A cidade de Severo-Kurilsk foi uma das mais afetadas, com ondas de até 4 metros, que causaram inundações, arrastaram embarcações e danificaram construções, como uma creche.
O impacto do tremor foi sentido além das fronteiras russas. Diversos países da Ásia, Oceania e América também acionaram seus sistemas de emergência e iniciaram evacuações preventivas.
Japão: quase 2 milhões evacuados
Recuo das ondas no Japão alertam para a chegada do tsunami- Reprodução Redes Sociais
No Japão, as sirenes de emergência soaram em várias cidades. Cerca de 1,9 milhão de pessoas foram orientadas a evacuar regiões costeiras. Em Fukushima, funcionários da usina nuclear foram retirados por precaução, embora não tenham sido identificadas anomalias nos equipamentos. A maior onda registrada no país chegou a cerca de 60 centímetros na ilha de Hokkaido. O governo japonês relatou uma morte indireta: uma mulher que caiu enquanto deixava sua casa.
Havaí, EUA e América do Sul em alerta
No Havaí, as autoridades chegaram a emitir alerta máximo, com evacuação em várias áreas e suspensão de voos em Maui. Ondas de até 1,8 metro foram observadas, mas os alertas foram posteriormente rebaixados.
Ao longo da costa oeste dos Estados Unidos, Canadá e Alasca, o Centro de Alerta de Tsunamis do Pacífico emitiu notificações para que os moradores evitassem praias, marinas e portos. Ondas de quase 1 metro foram observadas em alguns pontos, especialmente na Califórnia.
Na América do Sul, países como Chile, Equador e México também acionaram alertas costeiros. No Chile, o governo indicou que as ondas poderiam chegar ao litoral nas horas seguintes e orientou evacuações preventivas em áreas de risco.
Oceania e Sudeste Asiático
Países do Sudeste Asiático, como Filipinas, Indonésia e China, além de Nova Zelândia e Austrália, também emitiram comunicados de risco de tsunami, recomendando que a população evitasse áreas costeiras. Até o momento, não há registro de grandes danos nesses países.
Risco de novos tremores e ressacas
Sismólogos alertam que réplicas fortes, com magnitude entre 6 e 7,5, podem ocorrer nos próximos 30 dias. Além disso, tsunamis podem gerar séries de ondas com intervalo de horas, o que mantém o estado de alerta ativo em diversas regiões.
As autoridades internacionais destacaram a importância dos sistemas de alerta antecipado, que foram essenciais para evitar perdas humanas em maior escala.
Por que foi tão forte?
Segundo especialistas, a baixa profundidade do terremoto foi um dos fatores que tornaram o evento mais perigoso. Tremores mais rasos costumam liberar mais energia na superfície, aumentando o risco de tsunamis severos, como os registrados no Pacífico na madrugada do dia 30 (horário local).
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