Gastronomia & Turismo • 12:14h • 29 de junho de 2025
"Temporada de montanhas" exige planejamento e cuidados, orienta Corpo de Bombeiros
Encarar passeios em terrenos de montanhas e morros exige muitos cuidados com a segurança, já que envolve ambientes diversos e muito suscetíveis às condições climáticas. Planejar o trajeto, calcular o tempo para concluir a atividade, levar água e comida são apenas algumas das medidas para aproveitar a atividade com mais segurança
Jornalista: Carolina Javera MTb 37.921 com informações da Agência de notícias do Paraná | Foto: Marina Rampim

Com a chegada do inverno e das temperaturas mais amenas, aumenta o número de pessoas interessadas em fazer trilhas nas regiões montanhosas do Paraná. A atividade, que combina lazer, contato com a natureza e exercício físico, pode ser muito prazerosa, mas também exige cuidados para evitar riscos.
Segundo o major Ícaro Gabriel Greinert, comandante do Grupo de Operações de Socorro Tático (GOST) do Corpo de Bombeiros Militar do Paraná, essa é considerada a temporada de montanha, que vai até setembro, quando as condições climáticas estão mais secas e favoráveis. No entanto, a facilidade de acesso não significa que todos estejam preparados para os desafios do ambiente.
Grande parte das ocorrências atendidas pelos bombeiros envolve pessoas sem preparo físico adequado ou que desconhecem o terreno e os equipamentos necessários. Um planejamento cuidadoso é essencial para garantir uma experiência segura.
A primeira etapa é a escolha da trilha, com pesquisa sobre o tipo de terreno, grau de dificuldade e previsão do tempo. Ir acompanhado, especialmente por quem já conhece o percurso, é sempre recomendado. Também é importante calcular o tempo de caminhada, preferencialmente encerrando o trajeto com luz natural.
A segunda etapa é a preparação da mochila. Itens básicos incluem água, alimentos leves, protetor solar, repelente, lanternas com pilhas extras, apito, kit de primeiros socorros, agasalho e baterias extras para o celular. Caso haja possibilidade de acampar, é necessário verificar se é permitido e levar barraca e saco de dormir.
É fundamental estar em boas condições físicas. Muitos casos de resgate envolvem pessoas exaustas, sem lesão aparente, mas incapazes de seguir caminho. As roupas também devem ser adequadas, com calçados confortáveis e resistentes, e uma muda de roupa para frio, mesmo em dias quentes.
A última etapa é a execução. Avisar amigos ou parentes sobre a trilha escolhida e o horário estimado de retorno é indispensável. Mudanças de percurso de última hora estão entre os principais fatores que dificultam o resgate.
Durante o trajeto, é importante prestar atenção ao caminho, evitar barrancos ou beiradas perigosas e ter cuidado especial ao fazer fotos. Se algo sair do controle, como se perder, a orientação é parar, economizar energia e bateria, usar apito de emergência e ligar para o 193, telefone do Corpo de Bombeiros.
O tempo de resgate pode variar bastante, especialmente em dias com chuva ou neblina, quando não é possível usar helicópteros. Em alguns casos, o acesso é apenas por terra e pode levar horas. Por isso, paciência é essencial.
No Parque Estadual Pico do Marumbi, um dos destinos mais procurados, o trabalho conjunto com o Corpo de Socorro em Montanha (Cosmo) ajuda na prevenção e segurança. Montanhistas experientes monitoram trilhas, orientam visitantes e ajudam no controle de acesso, garantindo que todos retornem em segurança.
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