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Ciência e Tecnologia • 14:08h • 26 de setembro de 2024

Tecnologia inédita reduz uso de medicamentos no tratamento de aneurismas cerebrais

Tecnologia de ponta promete mais eficiência e segurança no tratamento, reduzindo o uso de medicamentos e seus efeitos adversos

Da Redação | Com informações do Governo de SP | Foto: Divulgação

Serviço de Neurorradiologia Terapêutica e Radiologia Intervencionista do Hospital das Clínicas é responsável pelos testes com um novo dispositivo com potencial para tratar aneurismas cerebrais
Serviço de Neurorradiologia Terapêutica e Radiologia Intervencionista do Hospital das Clínicas é responsável pelos testes com um novo dispositivo com potencial para tratar aneurismas cerebrais

O Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (HC-FMRP), da Universidade de São Paulo, deu um passo à frente na inovação no tratamento de aneurismas cerebrais ao adotar um novo dispositivo capaz de revolucionar a abordagem terapêutica dessa condição. A tecnologia, chamada "Derivo 2heal", da empresa alemã Accandis, está sendo utilizada pela primeira vez no mundo em um protocolo que dispensa o uso intensivo de anticoagulantes, tornando o procedimento menos invasivo e mais seguro para os pacientes.

Aneurismas cerebrais são dilatações anormais das artérias do cérebro, que podem levar a graves hemorragias quando rompidos. De acordo com o professor Daniel Giansante Abud, coordenador do serviço de Neurorradiologia Terapêutica e Radiologia Intervencionista do HC-FMRP, um terço dos pacientes que sofrem o rompimento de um aneurisma sobrevive sem sequelas, o que torna a prevenção e o tratamento eficazes ainda mais cruciais.

Novo dispositivo

O "Derivo 2heal" é um tipo de neurostent desenvolvido para modular o fluxo sanguíneo nos vasos afetados, dispensando a necessidade de uma dupla antiagregação plaquetária por longos períodos. Segundo o professor Abud, a grande inovação do dispositivo está no material utilizado, que promete maior compatibilidade com o corpo humano e menos riscos de trombose. Com isso, os pacientes podem tomar menos medicamentos e por um período mais curto.

"O objetivo é reduzir os efeitos adversos associados ao uso prolongado de medicamentos, como sangramentos ou complicações isquêmicas, e ao mesmo tempo garantir a segurança e eficácia do tratamento", explica Abud.

Primeira instituição no mundo a usar a tecnologia

O HC-FMRP se tornou a primeira instituição do mundo a utilizar essa tecnologia em um protocolo que envolve 100 pacientes com aneurismas cerebrais complexos. O projeto é realizado em parceria com a empresa alemã Accandis, responsável pelo desenvolvimento do dispositivo.

A nova tecnologia ainda está sendo testada, e os resultados iniciais serão avaliados em períodos de seis e doze meses. "Esperamos que as doses reduzidas dos medicamentos possam minimizar os efeitos colaterais, proporcionando maior segurança aos pacientes sem comprometer o sucesso do tratamento", destacou o professor Abud.

Avanços na medicina

No passado, os tratamentos para aneurismas cerebrais eram altamente invasivos, envolvendo cirurgias de craniotomia para inserir grampos nas artérias afetadas. Com o tempo, procedimentos menos invasivos, como a embolização com molas e o uso de stents, se tornaram padrão. No entanto, esses tratamentos ainda dependem do uso rigoroso de medicamentos para evitar complicações, o que pode resultar em efeitos colaterais graves.

A introdução do "Derivo 2heal" representa um avanço significativo ao reduzir a dependência de medicamentos após a colocação dos stents, o que pode melhorar a qualidade de vida dos pacientes e diminuir o tempo de recuperação.

Impacto econômico e científico

Além dos benefícios clínicos, o projeto também trará um impacto econômico importante. O uso desses novos stents, que não são cobertos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), permitirá ao hospital poupar recursos que podem ser aplicados em outras áreas essenciais. O estudo também abre caminho para novas linhas de pesquisa na área de neurorradiologia, contribuindo para a formação de novos profissionais e para o desenvolvimento de tecnologias ainda mais eficazes no tratamento de doenças cerebrovasculares.

Fatores de risco

Os principais fatores de risco para a formação de aneurismas são hipertensão, tabagismo e predisposição genética. “Embora não nasçamos com um aneurisma, ele pode se desenvolver ao longo do tempo, principalmente em mulheres e pessoas com histórico familiar”, esclarece Abud.

Com esse projeto, o Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto reafirma seu papel de liderança em inovações médicas no Brasil, oferecendo aos pacientes tecnologias de ponta e tratamentos de última geração que podem salvar vidas.

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