Ciência e Tecnologia • 11:18h • 15 de agosto de 2025
Sudeste e Sul concentram maiores índices de câncer de cabeça e pescoço no Brasil
Diferença regional reforça impacto da prevenção e do diagnóstico precoce, já que 80% dos casos são descobertos tardiamente
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Sensu Comunicação | Foto: Divulgação

Dados recentes do Instituto Nacional de Câncer (INCA) apontam que o Brasil deve registrar cerca de 41 mil novos casos de câncer de cabeça e pescoço em 2025, abrangendo mais de 30 áreas possíveis de desenvolvimento da doença, incluindo cavidade oral, laringe e tireoide. A análise revela que as regiões Sudeste e Sul concentram as maiores prevalências desses tumores, enquanto o Norte apresenta os menores índices, refletindo principalmente a dificuldade de acesso a informações, exames e atendimento especializado.
Entre os homens, os tumores de cavidade oral e laringe estão entre os dez mais comuns, com taxas de até 13,16 casos por 100 mil habitantes no Sudeste, contra 4,53 no Norte. Já entre as mulheres, o destaque é para o câncer de tireoide, que chega a 16,53 casos por 100 mil no Sudeste, quase cinco vezes mais que na região Norte. A doença é visível em grande parte dos casos, mas 8 em cada 10 diagnósticos ainda ocorrem em estágio avançado, o que reduz as chances de cura e exige tratamentos mais complexos.
Segundo o Grupo Brasileiro de Câncer de Cabeça e Pescoço (GBCP), a identificação tardia resulta em menor controle da doença, maior impacto na qualidade de vida e necessidade de cirurgias extensas, muitas vezes acompanhadas de reconstrução facial e reabilitação prolongada.
Esses tipos de câncer podem atingir boca, lábios, língua, gengiva, seios da face, faringe, laringe, glândulas salivares e tireoide, exigindo atenção aos sinais de alerta.
Entre os sintomas que merecem investigação médica estão feridas na boca que não cicatrizam, dor persistente, nódulos ou espessamentos na bochecha, alterações de cor nas mucosas, dificuldade para mastigar, engolir ou mover a língua, inchaço na mandíbula, mudanças na voz, gânglios aumentados no pescoço e perda de peso inexplicada. Especialistas recomendam que qualquer desses sintomas persistindo por mais de três semanas seja motivo para avaliação médica ou odontológica.
A prevenção passa por evitar fatores de risco, como tabagismo e consumo excessivo de álcool, além de manter consultas regulares com dentistas e médicos. O diagnóstico precoce pode significar tratamentos menos invasivos, maior preservação de funções essenciais e aumento significativo nas taxas de sobrevida.
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