Responsabilidade Social • 10:38h • 31 de dezembro de 2025
SP lidera produção de combustíveis sustentáveis e avança com biometano
Estado já tem oito plantas autorizadas, responde por 40% da capacidade nacional e pode ultrapassar 700 mil m³ por dia até 2026
Jornalista: Carolina Javera MTb 37.921 com informações da Semil | Foto: Governo de SP
O Estado de São Paulo consolida seu protagonismo na produção nacional de combustíveis sustentáveis e se firma como referência em biometano no Brasil. Líder do setor sucroenergético, o território paulista encerrou 2025 com oito plantas de biometano autorizadas, responsáveis por uma produção aproximada de 500 mil metros cúbicos por dia, além de outras sete unidades em processo de autorização.
Com a entrada dessas novas plantas em operação, prevista até dezembro de 2026, a capacidade instalada deve ultrapassar 700 mil metros cúbicos diários, dentro de um potencial técnico estimado em 6,4 milhões de metros cúbicos por dia. O avanço coloca São Paulo na vanguarda da transição energética e da descarbonização dos transportes e da indústria.
Municípios puxam a transição energética
Entre os destaques está Presidente Prudente, que se tornou, em 2025, o primeiro município do país a ser totalmente abastecido por biometano, produzido pela Usina Cocal, com investimento de R$ 12 milhões. Outro polo relevante é Paulínia, onde funciona a maior planta de biometano do Brasil a partir de resíduos sólidos urbanos. No Ecoparque da Orizon VR, resíduos de 35 municípios da região de Campinas são transformados em energia, em um projeto de R$ 450 milhões.
Essas iniciativas se articulam ao programa Integra Resíduos, que já envolve 344 municípios e incentiva a regionalização da destinação de resíduos sólidos para ampliar o aproveitamento energético. Como resultado, a matriz energética paulista conta hoje com 59% de fontes renováveis, índice superior à média nacional, de 50%, e muito acima da média da OCDE, de 13%. Na matriz elétrica, o percentual chega a 96%.
Potencial econômico, ambiental e regulatório
Estudo da Copersucar aponta que São Paulo concentra 40% da capacidade instalada de produção de biometano do país e 31% dos projetos de expansão em andamento. No longo prazo, o potencial paulista pode chegar a 36 milhões de metros cúbicos por dia, volume suficiente para substituir todo o consumo industrial de gás natural no estado ou até 85% do diesel utilizado.
Mais da metade desse potencial está no setor sucroenergético, que reaproveita resíduos como vinhaça, bagaço e palha da cana-de-açúcar. Até 2030, esse segmento pode alcançar uma produção de 5,5 milhões de metros cúbicos por dia, reduzindo custos, emissões de gases de efeito estufa e a dependência de combustíveis fósseis. O avanço do setor pode gerar cerca de 20 mil empregos e reduzir em até 16% as emissões de carbono no transporte em comparação ao diesel.
Dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostram que o Brasil tem atualmente 17 plantas autorizadas de biometano, sendo oito em São Paulo — o maior número do país. Além disso, há 42 plantas em implantação no território nacional, com destaque para estados do Sul e Sudeste. Em São Paulo, sete projetos estão em fase de implementação, cinco deles com conclusão prevista até o fim de 2026.
Para impulsionar ainda mais o setor, o Governo paulista avançou na padronização do licenciamento ambiental, abriu consultas públicas sobre certificação de garantia de origem do biometano, lançou o aplicativo Conecta Biometano SP e firmou parcerias internacionais com instituições como o Swedfund e a World Biogas Association. Segundo a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, a combinação de infraestrutura, mercado consumidor, regulação e inovação reforça a posição de São Paulo na liderança da transição energética no Brasil.
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