Variedades • 14:04h • 19 de abril de 2025
Solange Gomes e Val Marchiori: a polêmica das bolsas falsas e o que diz a legislação
Advogada esclarece as dúvidas sobre a acusação de Val Marchiori contra Solange Gomes e os riscos envolvidos no consumo de produtos falsificados
Da Redação | Com informações da VH Assessoria | Foto: Divulgação

A polêmica envolvendo as figuras públicas Val Marchiori e Solange Gomes gerou um debate acalorado sobre o uso de bolsas falsas e as implicações legais de consumir produtos falsificados. Durante a gravação do podcast Hello Val, a socialite Val Marchiori acusou publicamente a ex-BBB Solange Gomes de estar usando uma bolsa de grife falsificada. A declaração ganhou repercussão e levantou uma série de questões sobre as consequências legais de consumir produtos piratas.
A advogada criminal Suéllen Paulino esclarece que, de acordo com a legislação brasileira, o uso pessoal de produtos falsificados não é considerado crime, desde que não haja a intenção de enganar terceiros ou comercializar o item. "O Código Penal exige a presença de dolo, ou seja, a intenção de cometer o crime. Quem compra ou usa um produto falsificado sem saber que ele é pirata não comete infração penal", explica Paulino.
No caso específico de Solange Gomes, a socialite afirmou que ganhou a bolsa de presente e acreditava se tratar de um item original. "Nesse cenário, não há crime. Mesmo que o produto fosse falsificado — algo que não foi comprovado — o simples uso sem conhecimento prévio não caracteriza ilegalidade", complementa a advogada. Ou seja, se alguém adquirir um item de forma honesta, sem intenção de enganar ou revender, não há responsabilização criminal.
Venda e comercialização de produtos falsificados: o crime
Embora o uso pessoal de produtos falsificados não seja considerado crime, a situação muda quando o indivíduo fabrica, importa ou comercializa esses itens. A Lei de Propriedade Industrial (Lei 9.279/96) e o Código Penal, em seu artigo 184, preveem penalidades severas para quem reproduzir ou imitar marcas registradas com o intuito comercial.
"Quem comercializa produtos falsificados está sujeito a uma pena de detenção de 3 meses a 1 ano, ou multa. Se houver lucro com a violação de direitos autorais, a pena pode chegar a 4 anos de reclusão, além de multa", destaca a advogada.
Riscos e cuidados ao comprar produtos falsificados
Suéllen Paulino alerta sobre os riscos de comprar produtos falsificados, que vão além da questão jurídica. "Produtos falsificados são frequentemente de baixa qualidade, sem garantia e podem oferecer riscos à saúde, como é o caso de cosméticos e eletrônicos piratas", explica.
Além disso, há a possibilidade de ter o item apreendido em aeroportos e alfândegas. Comprar produtos falsificados também pode apoiar redes criminosas envolvidas na pirataria e comprometer a imagem pessoal ou profissional do consumidor.
Como evitar a compra de produtos falsificados?
Para quem deseja garantir que está adquirindo um produto original, a advogada dá algumas dicas práticas:
• Compre de lojas oficiais ou autorizadas.
• Desconfie de preços muito baixos.
• Solicite sempre a nota fiscal.
• Verifique o acabamento e a procedência do produto.
• Evite perfis de redes sociais sem identificação e sem CNPJ.
No Brasil, o uso de uma bolsa ou qualquer outro item falsificado para consumo pessoal não é crime, desde que não haja a intenção de enganar ou comercializar. No entanto, a venda, importação ou distribuição desses produtos é crime e pode resultar em prisão.
O caso envolvendo Val Marchiori e Solange Gomes chamou atenção principalmente pelo constrangimento público gerado, mas sem a comprovação de falsificação ou dolo, a acusação não tem base jurídica sólida. Isso levanta a reflexão sobre o cuidado com julgamentos apressados e públicos, sem respaldo legal.
A advogada encerra afirmando: "A legislação brasileira permite o uso pessoal de produtos falsificados sem penalização, mas é importante lembrar dos riscos envolvidos, tanto jurídicos quanto pessoais. E, em tempos de consumo consciente, a escolha por itens originais se torna não apenas uma questão de ética, mas também de saúde e segurança."
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