Saúde • 12:40h • 08 de julho de 2025
Sol pode cegar: confira 6 perigos invisíveis para os seus olhos e proteja-se
Especialista alerta para os riscos dos raios ultravioleta e orienta como proteger a visão em atividades ao ar livre
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Fronteiras Assessoria | Foto: Divulgação

Com as férias escolares e o aumento de atividades ao ar livre, muitas pessoas passam mais tempo expostas ao sol. Seja na praia, no campo ou mesmo em passeios urbanos, o cuidado com a pele é amplamente lembrado com o uso de protetor solar. No entanto, a proteção dos olhos costuma ser negligenciada, mesmo sendo essencial para evitar doenças causadas pela radiação ultravioleta.
“Os raios ultravioletas, chamados de raios UV, podem penetrar facilmente nos tecidos oculares e isso aumenta o risco de diversas doenças que podem afetar o sistema visual”, alerta Henrique Rocha, presidente da Sociedade Goiana de Oftalmologia (SGO). Ele reforça um conselho básico, mas muitas vezes ignorado: nunca olhar diretamente para o sol.
Segundo o especialista, há cuidados simples que fazem diferença. “A principal medida para evitar danos causados pela exposição solar é usar óculos de sol de boa qualidade, com lentes com proteção UV. Usar boné, chapéu ou viseira durante atividades realizadas ao ar livre também ajuda na proteção dos olhos. Deve-se evitar a exposição solar entre 10h e 16h, quando a incidência dos raios ultravioletas é mais intensa”, orienta Henrique Rocha.
Para conscientizar sobre a importância desses cuidados, o oftalmologista lista seis problemas sérios que podem ser causados pela exposição solar indevida:
1. Fotoceratite
Inflamação na córnea provocada pela luz ultravioleta. Os sintomas incluem dor intensa nos olhos, vermelhidão, sensibilidade à luz, visão embaçada, lacrimejamento e sensação de corpo estranho nos olhos.
2. Catarata
A exposição prolongada ao sol aumenta o risco de desenvolver catarata precocemente. A doença torna a lente do olho opaca, prejudicando a visão e exigindo tratamento cirúrgico em muitos casos.
3. Pterígio
Popularmente conhecido como “carne no olho”, é um crescimento benigno de tecido conjuntival sobre a córnea. A exposição crônica aos raios UV contribui para o surgimento dessa alteração, que pode provocar desconforto e distorção visual.
4. Cegueira momentânea
Olhar diretamente para o sol pode causar perda temporária da visão, seguida de manchas pretas ou borramento central que reduzem a nitidez. Embora o sintoma costume passar, os riscos de dano ocular são reais.
5. Degeneração macular
Uma condição relacionada ao envelhecimento, caracterizada pela deterioração progressiva da área central da retina. A exposição ao sol sem proteção pode acelerar o avanço dessa doença, impactando a qualidade de vida.
6. Retinopatia solar
Ocorre quando a mácula, região central da retina responsável pela formação de imagens, sofre lesões devido à radiação solar intensa. Pode levar ao aparecimento de pontos cegos na visão, com danos que podem ser temporários ou permanentes.
Henrique Rocha reforça que investir em óculos de sol com proteção UV adequada e adotar barreiras físicas como chapéus e viseiras são formas acessíveis de proteger a visão. Em épocas de lazer ao ar livre, a prevenção deve incluir todos os membros da família, adultos e crianças, para evitar problemas futuros e garantir saúde ocular ao longo da vida.
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