Saúde • 16:48h • 26 de abril de 2025
Skincare infantil: tendência ou risco para a saúde dos jovens?
Com a influência das redes sociais, crianças e adolescentes estão cada vez mais aderindo a rotinas de cuidados com a pele, mas sem a orientação adequada
Da Redação | Com informações da Mention Assessoria | Foto: Divulgação

O universo do skincare infantil, impulsionado pelas redes sociais e por influenciadores digitais, está cada vez mais presente na rotina de crianças e adolescentes. No entanto, a prática de cuidados com a pele desde cedo, que se popularizou com a tendência do "Sephora Kids", desperta preocupações entre especialistas, principalmente por envolver o uso de produtos não recomendados para a idade.
De acordo com a médica dermatologista Dra. Tainah de Almeida, a pele de crianças e adolescentes é muito mais sensível do que a dos adultos. "Quando esses jovens adotam cosméticos feitos para peles maduras, como cremes anti-idade ou produtos com ativos fortes, podem ter reações como irritações, queimaduras e até danos hormonais. A pele jovem precisa de cuidados simples e adequados à sua fase de desenvolvimento", alerta a dermatologista.
A pressão estética, que vem se tornando um fenômeno global, chega às gerações mais novas por meio da exposição contínua a padrões de beleza irreais, como os mostrados em filtros e vídeos de influenciadores. A pesquisa realizada pela GoldeN/Opinion Box revelou que 42% dos jovens começaram a usar produtos de skincare antes dos 18 anos, refletindo uma tendência global preocupante. No Brasil, o mercado de cosméticos voltado para o público jovem gerou US$ 1,8 bilhão em 2021 e deve alcançar US$ 2,9 bilhões até 2027.
Embora a adoção de cuidados com a pele seja uma prática importante e benéfica para a saúde, a especialista destaca que, para crianças, a rotina deve ser mínima e focada em proteção solar, hidratação leve e limpeza suave. "A maquiagem, por exemplo, não é indicada para essa faixa etária, e deve ser evitada, especialmente em crianças e pré-adolescentes", completa Dra. Tainah.
Em países como os Estados Unidos, a Califórnia já propôs leis para proibir a venda de produtos anti-idade para menores de 18 anos, reconhecendo os riscos dessa pressão precoce sobre a aparência. Essa preocupação começa a se refletir também no Brasil, onde as autoridades de saúde começam a alertar sobre o uso excessivo de cosméticos na infância, especialmente com a popularização de tendências de beleza nas redes sociais.
O cuidado com a pele deve ser adaptado ao tipo de pele e à fase de vida de cada pessoa. Na adolescência, por exemplo, alguns produtos para tratar espinhas e oleosidade podem ser usados, mas sempre sob orientação profissional. O mais importante, segundo especialistas, é garantir que os jovens compreendam que a verdadeira beleza vem do bem-estar e da saúde, e que cuidar da pele deve ser uma prática simples e saudável.
O mundo do skincare infantil é um reflexo das mudanças comportamentais e das novas tendências, mas é preciso muito cuidado para que essa prática não traga riscos para a saúde da pele dos jovens. A conscientização sobre o uso responsável de cosméticos e a busca por orientação médica são essenciais para garantir que o cuidado com a pele seja benéfico e seguro.
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