Economia • 12:03h • 18 de abril de 2025
Setor de alimentação fora do lar cresce 4,9% nos últimos 12 meses, aponta IBGE
Expectativa positiva para o primeiro semestre impulsionada por datas comemorativas e estímulos econômicos; setor enfrenta desafios com margens apertadas
Da Redação | Com informações da Abrasel | Foto: Divulgação

O setor de alimentação fora do lar registrou um expressivo aumento de 4,9% nos últimos 12 meses, de acordo com os dados divulgados pelo IBGE na última quinta-feira (10) na Pesquisa Mensal de Serviços. Esse crescimento foi um dos principais responsáveis pelo aumento de 2,8% no índice geral de consumo do segmento, refletindo a recuperação e o bom desempenho de bares e restaurantes, que continuam em uma trajetória de recuperação e crescimento após os impactos da pandemia.
Embora o aumento tenha sido notável, o setor de alimentação fora do lar também registrou uma desaceleração no comparativo mensal de fevereiro com janeiro deste ano. Enquanto em janeiro o aumento foi de 3,4%, em fevereiro foi de 2,2%. O resultado para o primeiro bimestre de 2025 ainda mostra otimismo, com uma expectativa de retomada mais robusta no próximo semestre, principalmente com a chegada de datas comemorativas como o Dia das Mães, o Dia dos Namorados, e festas regionais como o São João no Nordeste.
Segundo Paulo Solmucci, presidente da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), o setor já vem mostrando sinais positivos desde o começo do ano, especialmente com a recuperação do Carnaval. "Esse crescimento é um reflexo direto de como a economia se reaqueceu, principalmente com o aumento no movimento durante os feriados. Para o futuro próximo, esperamos que as datas importantes como o Dia das Mães e o Dia dos Namorados, além de feriados locais, tragam uma nova onda de consumo", afirmou Solmucci.
Além das datas festivas, a pesquisa da Abrasel em março revelou que 71% dos empresários do setor acreditam que o faturamento do período de Páscoa será superior ao do ano passado, com um aumento projetado entre 5% e 20% para a maioria das empresas.
Outro fator que tem influenciado o otimismo no setor foi o lançamento do novo modelo de consignado privado, que gerou uma injeção de R$ 3,3 bilhões na economia nas primeiras duas semanas. Isso tem proporcionado uma nova alternativa para o financiamento de pequenos e médios empresários. No entanto, Solmucci destaca que, embora o cenário atual seja positivo, o setor precisa estar atento à sustentabilidade dessas medidas econômicas a longo prazo.
Apesar do crescimento, o aumento no movimento dos bares e restaurantes também trouxe desafios, principalmente no que diz respeito ao controle dos custos dos insumos. "A alta nas vendas deu algum espaço para evitarmos repassar os preços elevados para os cardápios, mas nossas margens de lucro continuam apertadas", conclui o presidente da Abrasel.
Com a expectativa de continuidade do crescimento, o setor segue com otimismo, mas com a consciência de que precisa equilibrar os estímulos econômicos e as necessidades de controle de custos para manter a saúde financeira das empresas.
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