Economia • 13:08h • 24 de novembro de 2025
Seis formas seguras para menores de idade ganharem renda sem descumprir a lei
Alternativas incluem programas de aprendizagem, serviços informais permitidos e atividades supervisionadas pelos responsáveis
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Experta Media | Foto: Arquivo/Âncora1
Com o avanço da adolescência, muitos jovens começam a buscar uma forma de conquistar autonomia financeira ou até contribuir com despesas da família. Porém, essa iniciativa precisa acontecer dentro dos limites legais estabelecidos no Brasil, que proíbem o trabalho infantil e restringem atividades remuneradas antes da maioridade. Conhecer as regras é essencial para garantir segurança jurídica, proteção social e equilíbrio com a rotina escolar.
A legislação brasileira é clara: menores de 16 anos não podem trabalhar, salvo na condição de aprendiz a partir dos 14 anos, conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/1990). O Ministério do Trabalho e Emprego reforça ainda que adolescentes menores de 18 anos não podem exercer funções noturnas, perigosas ou insalubres. Além disso, contratos, inscrições em plataformas digitais e operações financeiras dependem do consentimento de um responsável legal.
Dentro desse cenário, existem alternativas que permitem ao jovem obter renda extra de maneira segura, supervisionada e compatível com os estudos.
Jovem Aprendiz
O Programa Jovem Aprendiz, criado pela Lei nº 10.097/2000, é o caminho mais estruturado para quem busca o primeiro emprego formal. Voltado a jovens de 14 a 24 anos matriculados na escola, combina prática profissional e formação teórica por instituições autorizadas. Segundo dados do MTE, mais de 656 mil jovens participavam de programas de aprendizagem até abril deste ano. Entre os direitos garantidos pela CLT estão salário proporcional, férias remuneradas, 13º, vale-transporte, FGTS de 2% e contribuição ao INSS.
Cuidador de animais (pet sitter)
O Sebrae aponta que a demanda por cuidadores de pets vem crescendo em todo o país. A atividade envolve passeios, alimentação, visitas e companhia durante a ausência dos tutores. Adolescentes com afinidade com animais podem atuar sob supervisão familiar. Um passeio pode custar cerca de R$ 45, enquanto hospedagens variam entre R$ 20 e R$ 200.
Pesquisas online
Empresas que buscam opinião de consumidores pagam por respostas em formulários digitais. Segundo a Serasa, a remuneração ocorre por pontos ou valores transferidos via plataformas como PayPal. Essa alternativa é remota e leve, mas deve ser cadastrada com autorização dos responsáveis.
Aulas particulares
Adolescentes com domínio em disciplinas escolares, idiomas ou atividades artísticas podem oferecer aulas presenciais ou online. De acordo com a plataforma Shopify, também é possível vender materiais e modelos educativos. A atividade exige responsabilidade, comunicação e acompanhamento dos responsáveis.
Produção e venda de alimentos
Doces, bolos, sanduíches e marmitas são opções de baixo investimento inicial, aponta a Serasa. A venda pode ocorrer entre vizinhos, familiares e pela internet, sempre com apoio dos responsáveis. Além da preparação, é essencial aprender sobre higiene, apresentação e cálculo de preços.
Criação de brechó
Vender roupas e objetos usados é outra alternativa acessível. O Sebrae recomenda preços abaixo do valor original e atenção especial ao estado de conservação das peças. O brechó pode funcionar em casa, em feiras familiares ou online, sempre com consentimento e supervisão dos responsáveis.
Essas alternativas mostram que é possível conciliar responsabilidade, aprendizado e geração de renda. Para os jovens, significam autonomia e experiência; para as famílias, representam oportunidades seguras de desenvolvimento.
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