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Economia • 12:15h • 23 de setembro de 2024

São Paulo celebra a primavera como maior produtor e exportador de flores do Brasil

Cultivando mais da metade da floricultura nacional, produtoras de São Paulo fazem parte das histórias de sucesso na floricultura do estado

Agência SP | Foto: Agência SP/Divulgação

Produtoras paulistas fazem parte dessa primavera florida.
Produtoras paulistas fazem parte dessa primavera florida.

Com a chegada da primavera, São Paulo se veste de cores e amplia seu destaque como maior produtor e exportador de flores do país. De acordo com dados do Instituto de Economia Agrícola, da Secretaria de Agricultura do Governo de São Paulo, o estado é responsável por 64,3% da produção nacional. Além disso, se destaca tanto no mercado interno quanto no internacional, levando cerca de US$ 9,27 milhões de exportação da sua diversidade floral para outros países no ano de 2023, com uma alta de 17% em comparação com o ano anterior.

O protagonismo no setor não é por acaso – a posição foi consolidada com anos de investimento e paixão pela floricultura paulista. A produção de 2023, em comparação ao ano anterior, teve um crescimento de 18% no cultivo em espécies variadas, com 1.858.207 kg (quase 1,9 mil toneladas) em 2022 e 2.196.369 kg (quase 2,2 mil toneladas) no ano seguinte.

Produção por tipos de flores

Os bulbos, tubérculos, rizomas e similares tiveram a maior produção em 2023 (1,8 mil toneladas), com o consequente maior valor de exportação (R$ 4,9 milhões) – alta de 21% e 33%, respectivamente, em relação a 2022.

As mudas de plantas ornamentais vêm em seguida, com a produção de 289 toneladas e exportação no valor de R$ 3,4 milhões.

As outras plantas vivas, estacas e enxertos tiveram aumento de 63% no valor de exportação (de R$ 433,5 mil para R$ 706 mil) e de 76% na produção em relação a 2022 (de 34,5 toneladas para 60,6 toneladas).

Já as flores de cortes frescas tiveram aumento de 164% nos valores de exportação – de R$ 39.261 para R$ 103.991.

A indústria de flores, além de embelezar, também movimenta a economia de São Paulo, com apoio de programas da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI) e cursos de capacitação do Estado. Conheça a história de duas produtoras que fazem parte dessa primavera florida.

Produção sustentável e reutilização

Gilmara Luzia, 52 anos, começou na agricultura familiar cultivando algodão e laranja há vinte anos, mas a produção da fruta sofreu com pragas e oscilou por conta do clima e temperatura, fazendo com que a produtora mudasse de ramo.

Com muita dedicação e auxílio técnico, Gilmara participou de cursos na Casa de Agricultura, instituição ligada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento, migrando para o setor de flores e plantas ornamentais.

A propriedade dela em Artur Nogueira, Região Metropolitana de Campinas, com 13 mil metros quadrados de construção, conta com uma estufa de 5.000 metros quadrados para realizar o plantio intensivo, cultivo protegido que controla o clima no ambiente fechado e não gera risco de perda em caso de chuvas fortes ou seca extensa.

“Foi um desafio no início”, relembra Gilmara. “Tivemos que tentar algo novo, mas, com a estufa, a gente não tem nenhuma interferência de produção nem nas estações e começamos a ver os resultados. Hoje, nosso forte são plantas exóticas.”

Com uma produção anual de 180 mil vasos, Gilmara conta que algumas das plantas saem do padrão do comércio ou não crescem muito, dificultando a venda. Porém, a produtora adaptou seu cultivo e não desperdiça nenhuma planta.

“Às vezes, algumas delas estão doentinhas, mas a gente não joga fora. No final, fazemos um arranjo em um vaso bem grande com várias plantas. Não tem desperdício aqui, a gente tem esse cuidado com a natureza e toda nossa produção encontra um novo lar” afirma Gilmara.

Ela também trabalha com um sistema para reutilizar água da chuva no telhado da estufa, estocando um volume alto de água durante dois meses, usado para irrigar as plantas no resto do ano.

Cultivo familiar


A produtora Lazinha Pereira, de Arthur Nogueira

Na mesma região, a produtora Lazinha Pereira, 58 anos, decidiu criar um legado de cultivo com sua família. Trabalhando com o marido e filhos, ela apostou no ramo de suculentas e uniu a inovação para aumentar a competitividade no mercado de flores.

Lazinha trabalhou em uma produtora de suculentas em Vargem Grande Paulista durante 30 anos, conhecendo a cultura e aprimorando seus aprendizados. Em 2021, conquistou suas próprias terras e iniciou seu plantio em um terreno de 20 mil metros quadrados.

Com média de 400 mil plantas produzidas ao ano, Lazinha passou a cooperar com o Veiling Holambra, um complexo comercial e logístico do mercado nacional de flores e plantas que trabalha com vendas à distância e distribuição de produtos.

A produtora segue buscando crescer ao aplicar em novas técnicas de plantio, unindo mudas variadas em arranjos únicos e impulsionando o negócio. Algumas de suas suculentas foram expostas no Expoflora, o maior evento de flores e plantas da América Latina. “Eu não pensei que um dia seríamos grandes fornecedores. Achava isso impossível, que não tínhamos condições. Mas nada é impossível, principalmente com a nossa família junto” conclui.

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