Responsabilidade Social • 13:33h • 29 de outubro de 2025
São Paulo adota novo modelo de gestão hídrica com monitoramento contínuo e metas de economia
A nova metodologia estadual permite acompanhar com mais precisão os níveis dos reservatórios, definir ações preventivas e garantir o abastecimento da população com base em projeções de longo prazo
Jornalista: Carolina Javera MTb 37.921 com informações de Agência SP | Foto: Governo de SP
O Governo de São Paulo apresentou um novo modelo de acompanhamento e gestão dos recursos hídricos que promete reforçar a segurança no abastecimento e a proteção dos mananciais. O sistema, lançado na última sexta-feira (24), introduz uma metodologia de monitoramento contínuo, baseada em dados e projeções de longo prazo, para orientar decisões de forma mais planejada e previsível.
O modelo estabelece sete faixas de atuação de acordo com o nível dos reservatórios e o comportamento das chuvas. Em cada faixa, são aplicadas medidas proporcionais à gravidade da situação, desde campanhas de conscientização até o rodízio no abastecimento. A intenção é evitar ações emergenciais e garantir o uso racional da água de forma gradativa.
De acordo com a secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende, a iniciativa reforça o compromisso do Estado com o planejamento e a transparência. “É uma medida de prevenção que considera tanto a proteção dos nossos recursos hídricos quanto o bem-estar das pessoas e a segurança hídrica do estado”, afirmou.
O acompanhamento será feito pela SP Águas, com atualização constante das projeções. Nas faixas iniciais, o foco é a prevenção e a economia. São Paulo está atualmente na faixa 3, que prevê uma gestão de demanda noturna de 10 horas e campanhas de conscientização. À medida que os níveis dos reservatórios caem, as restrições aumentam progressivamente, podendo chegar ao rodízio regional de abastecimento em situações extremas.
A metodologia também define prazos para transições entre as faixas: as restrições só entram em vigor após sete dias consecutivos dentro de um mesmo nível e são suspensas após 14 dias de melhora nos indicadores.
O modelo inclui metas de economia mensuráveis. Segundo a Agência Reguladora de Serviços Públicos (Arsesp), cada etapa de gestão noturna pode reduzir o consumo em até 1.000 litros de água por segundo. “É um processo dinâmico e preventivo que busca preservar o equilíbrio do sistema”, explicou o diretor-presidente da Arsesp, Thiago Mesquita Nunes.
Os dados sobre os níveis dos reservatórios e as projeções hidrológicas estarão disponíveis em tempo real no site da SP Águas e em um aplicativo em fase de testes, permitindo à população acompanhar o monitoramento.
A nova metodologia integra o Plano Estadual de Adaptação e Resiliência Climática e o programa SP Sempre Alerta, que coordenam ações contra eventos extremos e o uso sustentável da água. Entre as obras estruturantes em andamento estão a transferência de água do rio Itapanhaú, que deve acrescentar 2 mil litros por segundo à rede metropolitana, e as barragens de Amparo e Pedreira.
Desde 2023, o Fundo Estadual de Recursos Hídricos já investiu mais de R$ 650 milhões em obras de ampliação e recuperação de sistemas. Também estão previstas ações do programa UniversalizaSP, que apoia municípios fora da área de cobertura da Sabesp com crédito a juros zero para obras de abastecimento e saneamento.
Além do caráter técnico, o novo modelo aposta na conscientização da população. Campanhas educativas reforçam a importância do consumo responsável e da participação de todos na preservação da água, um dos principais pilares da nova política hídrica do Estado.
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