Saúde • 11:50h • 28 de dezembro de 2025
Rouquidão que não passa pode ser alerta para disfonia e merece atenção
Alteração na voz vai além do incômodo momentâneo e pode indicar problemas que exigem acompanhamento especializado
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da UNINASSAU | Foto: Arquivo/Âncora1
A rouquidão costuma ser encarada como algo passageiro, associada a gripes, esforço vocal ou mudanças bruscas de temperatura. No entanto, quando o problema persiste por mais de duas semanas, pode sinalizar disfonia, uma alteração na qualidade da voz que exige avaliação e cuidado específico.
A disfonia se manifesta de diferentes formas, como voz rouca constante, falhas ao falar ou cantar, sensação de cansaço vocal e esforço excessivo para se comunicar. Embora seja mais comum em profissionais que usam a voz intensamente, como professores, palestrantes e cantores, pode afetar qualquer pessoa e, em alguns casos, estar relacionada a condições mais sérias, como refluxo gastroesofágico, infecções respiratórias recorrentes, uso inadequado da voz ou alterações nas pregas vocais.
Segundo Caio Rodrigues, professor do curso de Fonoaudiologia da Uninaussau Mossoró, a atenção precoce faz toda a diferença no tratamento. Após o diagnóstico, o acompanhamento fonoaudiológico costuma ser o caminho mais indicado, sempre em conjunto com avaliação médica. A saúde vocal precisa ser vista como um cuidado contínuo, especialmente quando a rouquidão começa a interferir na comunicação do dia a dia.
O especialista explica que existe uma diferença importante entre a rouquidão passageira e a disfonia. Alterações temporárias costumam melhorar em poucos dias, especialmente após um resfriado ou esforço pontual da voz. Já quando os sintomas ultrapassam 15 dias, aparecem com frequência ou vêm acompanhados de falhas vocais, dor, cansaço ao falar ou dificuldade para sustentar a voz, é fundamental procurar avaliação profissional.
Prevenção e tratamento
Ignorar esses sinais e continuar forçando a voz pode agravar o quadro. O uso inadequado pode levar ao surgimento de nódulos vocais e a outras lesões, tornando o tratamento mais longo e complexo. Por isso, hábitos simples fazem diferença na prevenção e na recuperação, como manter boa hidratação ao longo do dia, evitar gritar ou falar por longos períodos em ambientes barulhentos, respeitar pausas vocais, não pigarrear com frequência e evitar o tabagismo.
Entre as abordagens de tratamento estão a reeducação vocal, o repouso da voz e, em situações específicas, procedimentos médicos ou cirúrgicos. A reeducação vocal, conduzida por fonoaudiólogo, ajuda o paciente a reaprender a usar a voz de forma mais eficiente, reduzindo esforço e prevenindo recaídas.
Cuidar da voz é cuidar da comunicação, do trabalho e da qualidade de vida. Procurar ajuda ao primeiro sinal de alteração persistente não é exagero, é prevenção. A voz costuma avisar quando algo não vai bem, e ouvir esse alerta pode evitar complicações no futuro.
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