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Saúde • 18:39h • 04 de julho de 2025

Remédio não é cosmético: especialista alerta sobre banalização de medicamentos para obesidade

Com a chegada do Mounjaro ao Brasil, debate sobre uso responsável e riscos do consumo estético ganha força entre profissionais de saúde

Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da PG1 | Foto: Divulgação

Nova geração de remédios contra obesidade exige uso responsável e acompanhamento médico
Nova geração de remédios contra obesidade exige uso responsável e acompanhamento médico

O Brasil vive, mais uma vez, o impacto da chegada de um medicamento com promessa de revolucionar o tratamento da obesidade: o Mounjaro, nome comercial do Tirzepatida. O fármaco, lançado em maio, representa o avanço de uma classe que já transformou a abordagem clínica da obesidade e do diabetes tipo 2, mas também acendeu um alerta: o uso indiscriminado e sem indicação médica, motivado por modismos e pela busca estética, ameaça transformar um recurso terapêutico em mais um item da indústria da vaidade.

Segundo Gustavo Lenci Marques, especialista na área, esse cenário repete erros antigos. Em 2011, a liraglutida, pioneira entre os agonistas de GLP-1, foi recebida como “solução mágica” para perder peso, mesmo sendo desenvolvida para o tratamento do diabetes. Ensaios clínicos posteriores comprovaram sua eficácia no tratamento da obesidade, reconhecendo o problema como uma condição crônica grave, associada a riscos cardiovasculares, metabólicos e ortopédicos.

Porém, Marques ressalta que o discurso difundido nas redes sociais distorce esses avanços. Influenciadores digitais exibem resultados com Ozempic como se fossem suplementos de academia, clínicas oferecem protocolos rápidos com GLP-1 como se fossem cosméticos e pacientes compram remédios de uso controlado sem prescrição. “Transformar um tratamento sério em solução estética imediata é banalizar riscos reais e dificultar o acesso de quem realmente precisa”, alerta.

Os perigos vão além da propaganda enganosa. A automedicação sem orientação médica pode causar efeitos adversos sérios, como náuseas fortes, perda excessiva de massa magra, alterações gastrointestinais, hipoglicemias e até problemas pancreáticos. Além disso, a demanda inflacionada cria escassez no mercado, dificultando o acesso para quem tem indicação clínica.

Para o especialista, é fundamental diferenciar o uso médico do uso estético. “Emagrecer não é pecado. Mas transformar remédio em cosmético é um erro grave, que mistura saúde com aparência e prescrição com desejo social”, afirma. Segundo ele, a chegada de novos medicamentos como o Mounjaro deve ser celebrada como avanço na medicina, mas acompanhada de responsabilidade, prescrição adequada e esclarecimento público.

Marques conclui defendendo uma reflexão coletiva sobre o tema: “Precisamos falar com clareza sobre obesidade como doença, sobre tratamento baseado em ciência e sobre como a pressão estética distorce o que deveria ser um cuidado sério com a saúde.”

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