Saúde • 14:50h • 01 de setembro de 2025
Reflexo branco nos olhos: entenda condição que assusta pais
Teste deve ser feito entre 48 e 62 horas após o nascimento do bebê
Jornalista: Carolina Javera MTb 37.921 com informações de Agência Brasil | Foto: Bruno Peres/Agência Brasil

A chamada pupila branca, também conhecida como reflexo de olho de gato, é o nome popular para a leucocoria, condição em que a pupila aparece esbranquiçada em vez do preto habitual. Em casos mais visíveis, pode ser notada a olho nu; em outros, surge apenas em fotos com flash, quando um dos olhos reflete a luz de forma branca, diferente do outro.
Segundo a oftalmologista Rosa Maria Graziano, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica (Sbop), a leucocoria deve ser tratada como uma emergência oftalmológica. “Muitas vezes, pode indicar uma situação urgente, como catarata congênita ou até retinoblastoma”, alertou. Para ela, o sinal não aponta um diagnóstico por si só, mas pode salvar não apenas a visão, como também a vida da criança.
Durante o 69º Congresso Brasileiro de Oftalmologia, em Curitiba, Graziano reforçou a importância do teste do reflexo vermelho, conhecido como teste do olhinho. Obrigatório em praticamente todo o país, ele deve ser feito entre 48 e 72 horas após o nascimento e repetido três vezes ao ano até os 5 anos de idade, conforme diretriz do Ministério da Saúde. “Qualquer diferença de cor entre os olhos já é significativa”, disse.
O que acontece no reflexo vermelho?
Quando a luz entra no olho pela pupila, a retina absorve a maior parte dela e reflete uma pequena quantidade, que costuma ter um tom alaranjado ou avermelhado. Quando esse reflexo aparece branco ou está ausente, pode indicar que algo impede a passagem da luz até a retina.
O oftalmologista pode investigar usando um oftalmoscópio e, geralmente, colírios dilatadores são aplicados para ampliar a pupila e permitir um exame detalhado do fundo de olho.
Possíveis causas
De acordo com a Sbop, a leucocoria pode estar associada a diversas condições, como:
- catarata;
- descolamento de retina;
- infecção intraocular;
- alterações vasculares da retina;
- e o retinoblastoma, tumor intraocular maligno mais frequente na infância.
Embora em alguns casos o reflexo anormal possa estar ligado a alterações benignas, a Sbop reforça que qualquer suspeita de leucocoria exige avaliação imediata de um oftalmologista, para descartar situações graves e garantir o tratamento adequado.
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