Educação • 15:44h • 12 de outubro de 2025
Ranking internacional coloca Unesp pela primeira vez entre as três melhores instituições do Brasil
Universidade saltou da 6ª para a 3ª posição no país, com destaque para indicadores que avaliam ensino e o ambiente da pesquisa; captação de recursos e novos docentes impactaram positivamente
Jornalista: Carolina Javera MTb 37.921 com informações de Agência SP | Foto: Governo de SP

A Unesp alcançou sua melhor colocação em duas décadas no World University Rankings, divulgado pela consultoria britânica Times Higher Education (THE). A universidade aparece como a terceira melhor instituição do Brasil, atrás apenas da USP e da Unicamp, empatando com a UFRJ e a UFRGS. O ranking é um dos mais prestigiados do mundo na avaliação do ensino superior.
No cenário global, a Unesp manteve-se na faixa 601–800, com avanço expressivo em pilares como Ensino (da 277ª para a 210ª posição), Ambiente de Pesquisa (da 416ª para a 346ª) e Indústria (da 903ª para a 696ª). Este último mede captação de recursos privados e número de patentes — áreas que refletem o fortalecimento do ecossistema de inovação da instituição.
Entre as 2.191 universidades avaliadas, sendo 59 brasileiras, as líderes globais foram Oxford (Reino Unido), MIT (EUA) e Princeton (EUA). A Unesp obteve nota final entre 39 e 43,5 pontos, acima do desempenho anterior.
Os indicadores de Ensino e Pesquisa ficaram acima da média nacional. No período de 2021 a 2024, a universidade superou a marca de R$ 1 bilhão em recursos captados para pesquisa científica, segundo a Pró-Reitoria de Pesquisa (ProPe). Além disso, 77 pesquisadores da Unesp figuram entre os 2% mais influentes do mundo, de acordo com levantamento da Elsevier.
O avanço no pilar de Ensino foi impulsionado pelo aumento na proporção de docentes com doutorado — cuja nota subiu de 78,5 para 93,3 — e pelos investimentos em políticas de inclusão e ampliação de vagas. Nos últimos três anos e meio, a Unesp contratou 653 novos professores e expandiu as formas de ingresso, incluindo participantes de olimpíadas do conhecimento e candidatos via Enem.
De acordo com a reitora Maysa Furlan, o resultado reflete o compromisso da universidade com a diversidade e a autonomia:
“Temos que avançar para não perder talentos. A autonomia passa pelo diálogo com a sociedade — não pode ser um processo de isolamento.”
A Comissão de Rankings da Unesp destaca que, embora o desempenho em rankings internacionais não seja um fim em si, ele reflete os efeitos concretos das ações da universidade em pesquisa, ensino e impacto social.
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