• Policiamento Rodoviário apreende mais de uma tonelada de drogas em Florínea em menos de uma semana
  • Networking, cultura e gastronomia marcam a programação da Prospera em Assis
  • Racismo estrutural e falta de renda ainda afastam jovens da escola, aponta pesquisa
Novidades e destaques Novidades e destaques

Saúde • 07:58h • 09 de julho de 2025

Qual a relação entre alergia a aranha e lesões de herpes-zóster? Butantan esclarece

Doença conhecida como cobreiro gera sintomas de irritação na pele e é normalmente associada à aranhas caranguejeiras

Jornalista: Carolina Javera MTb 37.921 com informações de Agência SP | Foto: Governo de SP

Exemplar de carangejeira Lasiocyano sazimai
Exemplar de carangejeira Lasiocyano sazimai

Você já deve ter ouvido falar que encostar em aranha pode causar cobreiro – aquelas lesões avermelhadas na pele, acompanhadas de coceira, formigamento, febre e mal-estar. Mas será que isso tem algum fundamento científico? Segundo o aracnólogo Paulo Goldoni, tecnologista no Laboratório de Coleções Zoológicas do Instituto Butantan, a resposta é não.

Cobreiro é o nome popular das manifestações que podem ocorrer na pele como consequência da herpes-zóster, doença causada pelo vírus varicela-zoster e que não tem nada a ver com as pobres aranhas. Esse vírus é o mesmo da catapora (ou varicela), doença comum na infância e prevenível pela vacina tetravalente, disponível na rede pública a partir dos 15 meses de idade. A herpes-zóster, predominante em idosos, acontece quando o varicela-zoster é reativado no organismo após ficar “dormente” por um período – ele pode levar décadas para se manifestar e, em algumas pessoas, isso nunca acontece.

Então de onde vem essa história de que aranha causa cobreiro?

A palavra “cobreiro” surgiu justamente da ideia de que as lesões na pele são provocadas pelo contato com aranhas, cobras ou até sapos, embora a crença sobre os aracnídeos tenha ganhado mais destaque no imaginário popular. As aranhas associadas ao cobreiro são as caranguejeiras, da família Theraphosidae – aquelas grandes e “peludas” que vemos nos filmes. No Brasil, há 185 espécies descritas dessa família.

De acordo com Paulo, esses “pelos” são, na verdade, cerdas modificadas capazes de causar reação alérgica. “O contato com essas cerdas pode provocar uma variedade de respostas. Algumas pessoas podem ficar apenas com vermelhidão e coceira, enquanto outras podem chegar a ter pequenas bolhas e feridas na pele, que acabam sendo confundidas com as lesões da herpes-zóster”, explica.

As caranguejeiras com cerdas urticantes pertencem a uma subfamília específica, a Theraphosinae, distribuída em todo o território brasileiro. “Algumas espécies têm o hábito de caminhar, em vez de ficar escondidas em tocas. Com isso, acabam sendo mais vistas pelas pessoas, inclusive nas residências. Segundo a crença popular, essas espécies mais ativas seriam responsáveis pelo cobreiro”, diz o especialista.

As cerdas são usadas como mecanismo de defesa e lançadas quando a aranha se sente ameaçada. Os pelos urticantes podem atingir até os olhos e o trato respiratório, causado intensa irritação. Vale ressaltar que a caranguejeira não é um animal agressivo e esses acidentes só acontecem se as pessoas se aproximam ou tentam segurá-la. Por isso, ao cruzar com uma dessas aranhas, é melhor deixá-la seguir seu rumo.

Como diferenciar as lesões: cobreiro e urticária

As feridas da herpes-zóster costumam aparecer, principalmente, no tórax, pescoço e costas, e somente de um lado do corpo. Além de coceira, ardor e formigamento, as bolhas podem provocar dores fortes, já que o vírus fica alojado nas células nervosas. A doença é mais comum em idosos e pessoas com sistema imune comprometido, podendo deixar sequelas como dor crônica. O tratamento é feito com antivirais e existe uma vacina disponível na rede privada de saúde que ajuda a prevenir a infecção.


Cerdas modificadas da aranha podem causar reação alérgica

Já a alergia provocada pelas cerdas da caranguejeira é caracterizada por vermelhidão, dor e coceira intensa no local do contato, não se espalhando por outros lugares do corpo. Também podem ocorrer manifestações sistêmicas, como espirros e tosse. Raramente, pessoas com maior sensibilidade podem ter reações alérgicas mais graves que necessitam de atendimento médico. Já foram descritos, também, casos de inflamação crônica nos olhos.

Tive contato com as cerdas da aranha, preciso tomar o soro antiaracnídico do Butantan?

Não. As cerdas não estão ligadas às glândulas de veneno e não provocam envenenamento. Assim, o tratamento é feito com base nos sintomas da alergia. Apesar de as caranguejeiras terem veneno, assim como os outros aracnídeos, sua toxina não é ativa em humanos e não representa perigo. A picada pode provocar dor local, coceira, inchaço e vermelhidão na pele, sintomas que também são tratados com medicamentos convencionais e que não exigem a aplicação de soro.

Últimas Notícias

Descrição da imagem

Economia • 19:31h • 10 de setembro de 2025

Autocuidado masculino transforma barbearias em centros de estilo de vida

Setor ganha espaço no Brasil com barbearias modernas e experiências que vão além da estética

Descrição da imagem

Ciência e Tecnologia • 18:26h • 10 de setembro de 2025

IA avança na orientação de carreira, mas especialistas destacam limites humanos insubstituíveis

Ferramentas digitais ajudam na organização prática, mas não substituem vínculo, empatia e profundidade do aconselhamento humano

Descrição da imagem

Policial • 18:25h • 10 de setembro de 2025

Policiamento Rodoviário apreende mais de uma tonelada de drogas em Florínea em menos de uma semana

Operações na Rodovia Miguel Jubran resultaram em duas ocorrências de grande porte, reforçando atenção à região como rota do tráfico

Descrição da imagem

Cultura e Entretenimento • 17:39h • 10 de setembro de 2025

Networking, cultura e gastronomia marcam a programação da Prospera em Assis

Feira promete conectar ideias, negócios e pessoas com estandes, palestras, networking e praça gastronômica

Descrição da imagem

Mundo • 17:09h • 10 de setembro de 2025

Brasil tem 24% dos jovens sem estudar e sem trabalhar, aponta OCDE

Relatório internacional coloca Brasil entre os países com mais jovens “nem-nem”

Descrição da imagem

Gastronomia & Turismo • 16:43h • 10 de setembro de 2025

Um em cada três brasileiros consome refeições congeladas ao menos uma vez por semana

Praticidade, economia e busca por equilíbrio alimentar impulsionam crescimento do consumo no país

Descrição da imagem

Responsabilidade Social • 15:52h • 10 de setembro de 2025

Racismo estrutural e falta de renda ainda afastam jovens da escola, aponta pesquisa

Estudo revela que maioria dos brasileiros que não concluíram a educação básica é formada por pessoas negras e de baixa renda. Especialistas defendem fortalecimento da EJA como caminho para garantir acesso à educação e melhores oportunidades de trabalho

Descrição da imagem

Educação • 15:21h • 10 de setembro de 2025

Enem 2025: como se preparar para a primeira prova e evitar erros comuns

Planejamento, rotina equilibrada e cuidados físicos e emocionais são diferenciais para o bom desempenho

As mais lidas

Ciência e Tecnologia

Como se preparar para o primeiro apagão cibernético de 2025

Especialistas alertam para a necessidade de estratégias robustas para mitigar os impactos de um possível colapso digital

Descrição da imagem

Cultura e Entretenimento

Quanto seria o ingresso se o show de Lady Gaga fosse pago?