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Mundo • 11:45h • 06 de abril de 2025

Processos por erro médico aumentam 506% no Brasil e geram crise no sistema de saúde

A crescente judicialização de erros médicos expõe falhas estruturais no setor público e privado e aumenta os custos do sistema de saúde no país

Da Redação | Com informações do CFF | Foto: Divulgação

Número de ações judiciais por erro médico explode no Brasil: uma crise para saúde pública e privada
Número de ações judiciais por erro médico explode no Brasil: uma crise para saúde pública e privada

O Brasil vivenciou um aumento significativo no número de processos judiciais envolvendo erros médicos em 2024. De acordo com dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o total de ações judiciais saltou 506% em comparação com o ano anterior, passando de 12.268 para 74.358 casos. Esse crescimento, alarmante em sua magnitude, reflete uma crise estrutural tanto na saúde pública quanto na privada, com sérios impactos para os pacientes e uma pressão crescente sobre o sistema de justiça.

A disparidade entre os sistemas público e privado é notável. No setor público de saúde, as reclamações por danos morais somaram 10.881 registros, enquanto os danos materiais, relacionados a prejuízos financeiros causados pelos erros médicos, totalizaram 5.854. Já no setor privado, o número de processos foi ainda mais expressivo, com 40.851 ações relacionadas a danos morais e 16.772 por danos materiais. Esses números revelam uma média alarmante de 203 casos judicializados por dia em 2024.

Fatores por trás do aumento nos processos

O aumento da conscientização da população sobre seus direitos é apontado como um dos fatores que contribui para esse crescimento. Especialistas explicam que falhas comuns em procedimentos médicos, como erros de diagnóstico, falhas na medicação, infecções hospitalares e erros durante intervenções cirúrgicas, continuam a ser as principais causas de processos judiciais. No entanto, o crescente número de ações também reflete a dificuldade do sistema de saúde em oferecer respostas rápidas e eficazes às queixas dos pacientes.

Para advogados e entidades de defesa do paciente, a alta nos processos indica que as vítimas de falhas assistenciais estão buscando reparação onde o sistema falhou, encontrando no judiciário uma forma de responsabilizar os envolvidos e obter compensações pelas perdas sofridas.

Cenário global e as consequências de erros médicos

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que mais de 10% dos pacientes em todo o mundo sofrem algum tipo de dano durante atendimentos médicos, resultando em aproximadamente 3 milhões de mortes anuais vinculadas a falhas assistenciais. No Brasil, um estudo de 2017 do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar já indicava que seis pessoas morriam por hora devido a erros médicos evitáveis, sendo que entre 30% e 36% dessas mortes poderiam ser prevenidas com melhorias em protocolos médicos e infraestrutura hospitalar.

Esse cenário não é apenas uma questão de números: ele coloca em xeque a capacidade do sistema de saúde de proteger e cuidar dos pacientes de maneira eficiente e segura. A judicialização massiva desses casos expõe as falhas em uma resposta eficaz por parte dos órgãos reguladores e das instituições de saúde.

A urgência da prevenção e da transparência

A alta nos processos judiciais por erro médico levanta questões fundamentais sobre a necessidade de mudanças estruturais no sistema de saúde. Especialistas afirmam que para reduzir as trágicas estatísticas relacionadas aos danos causados por falhas médicas, será necessário um investimento significativo na formação profissional, na tecnologia e na gestão hospitalar.

Além disso, é fundamental que as instituições de saúde adotem políticas de maior transparência, com protocolos claros e eficazes para a prevenção de erros médicos. A implementação de sistemas de monitoramento e melhoria contínua é crucial para garantir a segurança dos pacientes e evitar que o sistema de saúde se torne cada vez mais sobrecarregado com processos judiciais, cujos custos tanto humanos quanto econômicos já são extremamente elevados.

Neste cenário, o aumento dos processos judiciais por erro médico não só demonstra a falha do sistema em atender adequadamente aos pacientes, mas também a necessidade urgente de reformar e modernizar a infraestrutura e os protocolos de atendimento médico no Brasil.

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