Esporte • 11:42h • 10 de junho de 2025
Prevenção pode salvar: morte de atleta de 20 anos choca e expõe falhas em exames pré-corrida
Após a morte de um jovem de 20 anos durante meia maratona, entidade médica reforça que avaliação cardíaca é essencial mesmo entre amadores. Prevenção e estrutura salvam vidas
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Assessoria | Foto: Divulgação

Com o aumento expressivo de adeptos à corrida de rua e caminhadas, cresce também a urgência de um alerta que poucos levam a sério: o risco de morte súbita, inclusive entre jovens aparentemente saudáveis. O alerta vem após o trágico falecimento do estudante João Gabriel Hofstatter De Lamare, de apenas 20 anos, durante a Meia Maratona de Porto Alegre no último sábado (7).
João teve uma parada cardiorrespiratória no quilômetro 20 da prova e, apesar dos esforços da equipe médica com aplicação de protocolos de RCP (reanimação cardiopulmonar), não resistiu. A morte causou comoção e acendeu um alerta importante sobre a necessidade de preparo e avaliação médica antes da prática de atividades físicas intensas.
SOCERGS alerta: mesmo jovens saudáveis podem sofrer parada cardíaca durante provas esportivas | Imagem: Reprodução/Redes Sociais
Segundo a Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio Grande do Sul (SOCERGS), casos como esse são raros, mas fatais. A literatura médica mostra que a incidência de morte súbita em eventos esportivos é de 1 a cada 259 mil participantes, com taxa de mortalidade superior a 70%. O risco, embora pequeno, é real — e em muitos casos, evitável.
A prevenção deve passar por três eixos principais: educação sobre os riscos, avaliação clínica antes do esforço e plano de emergência com desfibrilador no local do evento. Entre as principais causas cardíacas estão a miocardiopatia hipertrófica, a fibrose miocárdica idiopática e anomalias nas coronárias. O risco é maior em homens e nos últimos 25% do percurso.
Para a SOCERGS qualquer pessoa, mesmo sem histórico de doenças, deve passar por avaliação médica antes de se submeter a esforços intensos. Já os organizadores precisam garantir atendimento médico ágil e estrutura adequada, com desfibriladores disponíveis a menos de três minutos de qualquer ponto do percurso.
A morte de João Gabriel, além de trágica, reforça um ponto negligenciado por muitos: amar o esporte é importante, mas cuidar do coração deve vir sempre em primeiro lugar.
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