Mundo • 14:15h • 02 de janeiro de 2025
Presidência brasileira do Brics busca ampliar uso de moedas locais e reformar a ONU
Com dez membros plenos e novos desafios, o Brasil liderará a agenda de governança global inclusiva e uso de moedas locais
Da Redação | Com informações da Agência Brasil | Foto: BRICS/Divulgação
O Brasil assume pela quarta vez a presidência rotativa do Brics, em um momento de expansão histórica do bloco, que agora conta com dez membros plenos e a inclusão de novos países parceiros. A partir deste 1º de janeiro, o governo brasileiro terá a missão de articular a integração de Cuba, Bolívia, Indonésia, Bielorrússia, Cazaquistão, Malásia, Tailândia, Uganda e Uzbequistão, além de avançar em pautas como o uso de moedas locais nas transações comerciais entre os países membros, reduzindo a dependência do dólar.
Com o lema Fortalecendo a Cooperação do Sul Global para uma Governança mais Inclusiva e Sustentável, o Brasil buscará reformar a governança global, defendendo maior representatividade para países da Ásia, África e América Latina em órgãos como o Conselho de Segurança da ONU, Organização Mundial do Comércio (OMC) e instituições financeiras como o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Expansão e desafios da nova configuração do Brics
O bloco, que antes era composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, incluiu recentemente cinco novos membros: Irã, Emirados Árabes Unidos, Egito, Etiópia e Arábia Saudita. A presidência brasileira, portanto, será marcada pela necessidade de criar uma dinâmica de trabalho para um grupo ampliado.
Resposta ao cenário internacional
A tentativa do bloco de substituir o dólar por moedas locais gerou reações internacionais, especialmente do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que ameaçou impor tarifas sobre produtos de países que abandonem a moeda norte-americana. No entanto, especialistas consideram essa estratégia insustentável.
Oportunidade para o Brasil
A coordenadora do Grupo de Pesquisa sobre Brics da PUC-Rio, Maria Elena Rodríguez, ressaltou que a presidência brasileira oferece a oportunidade de destacar o continente latino-americano no bloco. “O Brasil tem que estar muito preparado e apresentar avanços concretos, como na questão das negociações em moedas locais. É preciso ter uma agenda que eleve o país e a região no contexto do Brics”, destacou.
Com mais de 40% da população mundial e 37% do PIB global por paridade de poder de compra, o Brics já supera o peso econômico do G7, que reúne as nações mais industrializadas. Sob a presidência brasileira, o bloco espera fortalecer sua posição como plataforma de diálogo e integração, promovendo mudanças significativas na governança global.
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