Saúde • 14:53h • 07 de outubro de 2025
Predisposição genética às varizes exige atenção precoce e acompanhamento vascular
Especialista alerta que histórico familiar aumenta o risco da insuficiência venosa e destaca cinco cuidados essenciais para prevenir complicações
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Lara Assessoria | Foto: Arquivo/Âncora1

A insuficiência venosa crônica, condição que pode evoluir para varizes, afeta uma parcela significativa da população adulta e tem forte componente hereditário. Estudo clássico realizado em Botucatu (SP), publicado no International Journal of Epidemiology, apontou prevalência de 47,6% da doença em adultos avaliados. Já a Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV) estima que 38% dos brasileiros apresentem algum grau da condição — sendo 30% entre homens e 45% entre mulheres.
De acordo com a cirurgiã vascular Dra. Camila Kill, mestre em cirurgia pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e CEO da rede de clínicas Vascularte, a herança genética é um dos fatores mais determinantes para o desenvolvimento precoce das varizes. Filhos e netos de pessoas com histórico familiar têm risco elevado e devem observar sintomas iniciais como sensação de peso nas pernas, queimação, cansaço e câimbras noturnas, mesmo que não existam veias aparentes.
A especialista reforça que esperar por alterações visíveis é um erro comum. Pacientes jovens podem apresentar refluxo venoso avançado, detectado apenas em exames como o ecodoppler. O rastreamento precoce é decisivo para reduzir riscos e simplificar o tratamento.
O histórico familiar também potencializa os efeitos de hábitos nocivos, como sedentarismo, longos períodos sentado ou em pé e uso de anticoncepcionais hormonais. Esses fatores aceleram a evolução da insuficiência venosa e podem causar trombose e úlceras venosas.
Entre as principais medidas preventivas, destacam-se o uso de meias de compressão em atividades prolongadas, a prática regular de exercícios físicos, a hidratação constante e consultas periódicas. A médica reforça que o cuidado vascular deve começar antes do aparecimento dos sintomas, especialmente em quem tem predisposição genética.
A Vascularte, fundada por Camila Kill e pelo cirurgião plástico Christian Ferreira, adota técnicas minimamente invasivas, como o endolaser, que substitui a cirurgia tradicional, dispensa cortes e internação e permite recuperação rápida. A rede, hoje com três unidades no Brasil, pretende expandir nacionalmente até 2026, atendendo desde casos iniciais até quadros mais avançados.
Cinco cuidados para quem tem histórico familiar de varizes
- Exames preventivos: realizar ecodoppler regularmente, mesmo sem sinais aparentes, para identificar refluxo venoso precoce;
- Meias de compressão: utilizar durante atividades longas em pé ou sentado, auxiliando no retorno venoso;
- Atividade física: praticar caminhadas, corridas leves e musculação para fortalecer a panturrilha e melhorar a circulação;
- Hidratação: beber água ao longo do dia para preservar a elasticidade dos vasos e evitar o espessamento do sangue;
- Atenção aos sinais sutis: observar queimação, câimbras, coceira ou mudanças na coloração da pele, que merecem avaliação médica.
Segundo a especialista, reconhecer a predisposição genética e adotar cuidados preventivos é essencial para garantir qualidade de vida, reduzir intervenções futuras e evitar complicações graves da insuficiência venosa.
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