Economia • 11:40h • 15 de julho de 2024
Preço da carne continua em queda, acumulando -6,48% em um ano
Redução nos preços das carnes frescas e industrializadas anima consumidores
Da redação | Com informação da Agência Gov | Foto: Divulgação
Os preços da carne estão em queda constante, trazendo alívio para os consumidores brasileiros. De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (INPC-A), divulgado pelo IBGE, a inflação das carnes frescas foi negativa em 2,89% nos últimos seis meses, tornando a carne 2,89% mais barata em comparação com o final de 2023.
Em um período de 12 meses, a redução acumulada é ainda maior, chegando a -6,48%. Apenas em junho deste ano, houve uma queda de 0,47% em relação a maio. Além das carnes frescas, a carne industrializada também apresentou uma diminuição nos preços, com uma queda acumulada de 2,84% nos últimos 12 meses.
Essa tendência de queda nos preços está beneficiando os consumidores que planejam um churrasco, tornando mais acessíveis tanto as carnes frescas quanto as industrializadas.
Redução de preços e consumo de pescados
A tendência de queda nos preços não se limita às carnes. Em junho, o preço dos pescados caiu 0,80% no Brasil, oferecendo uma alternativa mais econômica para quem deseja variar no churrasco.
Isso significa que, mesmo sem um planejamento prévio, os consumidores não enfrentarão grandes aumentos nos preços ao optar por incluir pescados na refeição.
Bebidas e infusões
Embora os preços das bebidas não estejam em queda, a inflação desse grupo foi relativamente baixa em junho, com um índice de 0,67%.
No acumulado dos seis meses, o índice foi de 6,09%, e no acumulado de 12 meses, 5,74%. Esses números sugerem que, apesar de uma ligeira alta, os preços das bebidas estão sob controle.
Desempenho regional
Entre as cidades brasileiras, Belém registrou a maior queda nos preços das carnes frescas em junho deste ano, com -2,69%.
No acumulado dos seis meses, o Rio de Janeiro liderou com uma redução de -5,11%. No período de 12 meses, Salvador destacou-se com a maior queda, registrando -10,83%.
Fatores que influenciam a queda de preços
Uma das principais razões para a queda nos preços das carnes é a alta oferta. Em 2023, foram produzidas 8,91 milhões de toneladas de carne bovina, um aumento de 11,2% em relação a 2022 e 8,6% acima do recorde anterior, de 2019. Esse aumento na produção resultou em um excedente direcionado para o consumo interno, contribuindo para a redução dos preços.
Segundo uma pesquisa da Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz) da Universidade de São Paulo, o volume de carne aumentou em 900 mil toneladas em 2023, enquanto a exportação cresceu apenas 22,8 mil toneladas, totalizando 2,29 milhões de toneladas. Esse aumento na capacidade de consumo interno, impulsionado pela geração de empregos e melhoria de renda, ajudou a controlar os preços.
Impacto da reforma tributária
Com a inclusão das carnes na lista de itens da cesta básica isentos de impostos, conforme decidido pela Câmara dos Deputados na regulamentação da Reforma Tributária, espera-se que a pressão sobre os preços devido aos tributos diminua no longo prazo. Essa medida deve contribuir para a continuidade da queda nos preços das carnes, beneficiando ainda mais os consumidores.
Essas mudanças indicam um cenário positivo para os consumidores brasileiros, que podem aproveitar a queda nos preços das carnes e outras proteínas, mantendo o churrasco acessível e saboroso.
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