Mundo • 18:26h • 21 de dezembro de 2025
Por que janeiro se tornou estratégico para a gestão de pessoas; retorno das férias revela o clima real das equipes
Retorno das férias ajuda lideranças a avaliar engajamento, clima interno e aderência do planejamento estratégico
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Lara Assessoria | Foto: Divulgação
O mês de janeiro deixou de ser apenas um período simbólico de recomeço e passou a cumprir uma função estratégica dentro das empresas. Com o retorno das férias, o início do ano vem sendo utilizado como um termômetro emocional das equipes, permitindo que lideranças avaliem se o planejamento traçado no ano anterior segue alinhado ao engajamento real dos colaboradores.
Na prática, janeiro funciona como um ponto de checagem do clima organizacional. É quando se tornam mais visíveis sinais de desgaste emocional, desmotivação, conflitos latentes e aumento do absenteísmo, fatores que impactam diretamente produtividade, retenção de talentos e resultados ao longo do ano.
Para a psicóloga e advogada Jéssica Palin Martins, especialista em saúde mental corporativa e fundadora da plataforma IntegraMente, o mês não substitui o planejamento estratégico, geralmente feito no terceiro trimestre, mas cumpre outro papel. “O planejamento já está desenhado. Janeiro permite observar se ele continua coerente com a realidade emocional das equipes após o descanso. É um momento de leitura, não de reinvenção”, explica.
Os dados reforçam a importância dessa observação. Segundo o relatório State of the Global Workplace 2023, da Gallup, apenas 23% dos profissionais no mundo se declaram engajados no trabalho. No Brasil, o cenário é agravado pela alta rotatividade. Levantamento do Global Talent Trends Report, do LinkedIn em parceria com a PwC, aponta que 56% dos desligamentos ocorrem por iniciativa do próprio colaborador.
Nesse contexto, o retorno das férias costuma funcionar como um revelador. “Quando o engajamento cai logo nas primeiras semanas, isso indica que algo já vinha desalinhado antes. Ignorar esses sinais transforma questões emocionais em problemas estruturais ao longo do ano”, afirma Palin.
Movimento também acompanha mudanças regulatórias recentes
A Lei nº 14.831, sancionada em 2024, instituiu o Certificado de Empresa Promotora da Saúde Mental. Já a atualização da Norma Regulamentadora nº 1 passou a incluir oficialmente os fatores psicossociais no Gerenciamento de Riscos Ocupacionais. Na prática, as empresas passam a ter responsabilidade direta sobre o monitoramento contínuo do clima emocional.
Plataformas especializadas em gestão emocional registram aumento na procura por diagnósticos no início do ano, especialmente por organizações que buscam antecipar riscos e orientar decisões de liderança com base em dados. “Gestão de pessoas não é só sobre processos. É sobre entender como as pessoas retornam, como se sentem e o que isso diz sobre a empresa”, resume a especialista.
Estudos da Deloitte reforçam essa tendência. Pesquisa global divulgada em 2024 mostra que 76% dos profissionais da Geração Z consideram a saúde mental um critério decisivo na escolha de um emprego. O dado ajuda a explicar por que janeiro vem ganhando status técnico na gestão de pessoas, como um período-chave para ajustes finos e prevenção de perdas futuras.
Ao observar indicadores emocionais logo no início do ciclo, empresas conseguem corrigir rotas, fortalecer o engajamento e reduzir impactos que, mais adiante, costumam se traduzir em rotatividade elevada, queda de desempenho e perda de talentos.
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