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Responsabilidade Social • 10:14h • 14 de maio de 2025

Pessoas negras seguem mais expostas à violência letal no Brasil, mostra Atlas da Violência

Mais de 35 mil foram mortos em 2023, mostra Atlas da Violência

Jornalista: Carolina Javera MTb 37.921 com informações de Agência Brasil | Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

De acordo com o estudo, pessoas negras – pretos e pardos, que somam 55,5% da população brasileira – enfrentam condições sociais mais precárias e, consequentemente, maior exposição à violência. Já o grupo classificado como não negro inclui brancos, amarelos e indígenas.
De acordo com o estudo, pessoas negras – pretos e pardos, que somam 55,5% da população brasileira – enfrentam condições sociais mais precárias e, consequentemente, maior exposição à violência. Já o grupo classificado como não negro inclui brancos, amarelos e indígenas.

Ser negro no Brasil ainda representa enfrentar um risco significativamente maior de ser vítima de homicídio. Em 2023, uma pessoa negra teve 2,7 vezes mais chances de ser assassinada do que uma pessoa não negra, segundo dados do Atlas da Violência 2025, divulgado na segunda-feira (12), no Rio de Janeiro, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).

Embora o índice represente uma leve melhora em relação a 2022, quando o risco era 2,8 vezes maior, ainda está acima do registrado em 2013 (2,4 vezes), o que indica um agravamento de 15,6% na desigualdade racial em uma década.

De acordo com o estudo, pessoas negras – pretos e pardos, que somam 55,5% da população brasileira – enfrentam condições sociais mais precárias e, consequentemente, maior exposição à violência. Já o grupo classificado como não negro inclui brancos, amarelos e indígenas.

Em 2023, o Brasil contabilizou 45.742 homicídios, o que representa uma taxa de 21,2 assassinatos por 100 mil habitantes. A análise por raça evidencia a desigualdade: entre os não negros, foram 9.929 mortes, resultando em uma taxa de 10,6 por 100 mil habitantes; entre os negros, 35.213 vítimas, com uma taxa de 28,9. Apesar da redução de 21,5% na taxa de homicídios entre negros desde 2013 (quando era de 36,8), o recuo foi mais acentuado entre não negros, cuja taxa caiu 32,1% (de 15,6 para 10,6).

“Ao mesmo tempo em que os homicídios caem no país, a violência letal se mantém racializada. O risco continua sendo desproporcionalmente maior para a população negra”, destaca o Atlas. Para os pesquisadores, os números escancaram o racismo estrutural e mostram como a violência no Brasil se distribui de forma desigual entre os grupos sociais.

O relatório também lembra avanços institucionais no combate ao racismo nos últimos anos – como a criação da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (2013), do Ministério da Igualdade Racial (2023), e leis como a de cotas raciais em concursos públicos (Lei 12.990/2014) e a que equiparou a injúria racial ao crime de racismo (Lei 14.532/2023). No entanto, os autores apontam que a estrutura racializada da violência segue resistente, mesmo com os avanços legislativos.

Violência contra indígenas ainda é grave, apesar de tendência de queda

A pesquisa também analisou os homicídios entre indígenas e revelou um cenário ainda preocupante. Em 2023, foram registrados 234 assassinatos, o que equivale a uma taxa de 22,8 homicídios por 100 mil habitantes – número superior à média nacional (21,2).

Apesar disso, a diferença entre a violência sofrida por indígenas e pela população em geral vem diminuindo ao longo dos anos. Em 2013, a taxa de homicídios entre indígenas era 60,5, mais que o dobro da média nacional (28,8). Em 2018, a taxa caiu para 29,5, enquanto o índice brasileiro era 27,9.

Contudo, entre 2022 e 2023 houve um retrocesso: a taxa entre indígenas subiu de 21,5 para 22,8, enquanto a média nacional recuou de 21,7 para 21,2.

Os números por estado revelam situações alarmantes. Em Roraima, a taxa de homicídios de indígenas chegou a 235,3 por 100 mil habitantes – mais de dez vezes a média do país. Já no Mato Grosso do Sul, foi de 178,7.

O Atlas ressalta que os sistemas oficiais apresentam lacunas na identificação étnica dos mortos, o que dificulta uma compreensão detalhada da violência contra povos indígenas. “Mais interessante seria se conseguíssemos analisar a violência sofrida por cada povo", observa o documento.

Internações revelam quem mais sofre agressões

Para aprofundar a análise, os pesquisadores recorreram a dados de internações hospitalares por agressão entre indígenas. De 2013 a 2024, foram 1.554 internações, com destaque para o povo Guarani-Kaiowá, com 574 casos (36,9% do total).

Outros povos com maior número de internações foram os Kaingang, com 142 registros nos estados do Sul e Sudeste, e os Terena, com 66 casos, majoritariamente no Mato Grosso do Sul.

Segundo o relatório, a violência sofrida por esses grupos tem raízes históricas e se intensificou com o avanço do agronegócio sobre seus territórios tradicionais. O povo Guarani-Kaiowá, por exemplo, enfrenta conflitos armados recorrentes relacionados à luta por suas terras.

“O aumento das agressões está diretamente relacionado à defesa de direitos e à retomada de territórios. O contexto revela uma violência que vai além das estatísticas: atinge diretamente a sobrevivência dos povos originários”, conclui o Atlas da Violência.

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