• O que estamos realmente vendo no 3I/ATLAS? Novas imagens ampliam um enigma cósmico em construção
  • Como evitar burnout no fim do ano quando você é autista ou tem TDAH
  • Cruzália cancela 4ª Cavalgada deste domingo após chuvas intensas na região
Novidades e destaques Novidades e destaques

Variedades • 14:48h • 29 de outubro de 2025

Pesquisadores da USP encontram vestígios de testes nucleares dos anos 1960 em rios do interior paulista

Césio-137 no Rio Ribeira é resultado de testes nucleares nos anos 60

Jornalista: Carolina Javera MTb 37.921 com informações de Agência Brasil | Foto: Prefeitura de Eldorado/Divulgação

Esse material não tem concentração suficiente para representar risco à saúde, mas conta uma história interessante. Com os testes de 1962, o ano com maior queda de partículas radioativas foi 1963.
Esse material não tem concentração suficiente para representar risco à saúde, mas conta uma história interessante. Com os testes de 1962, o ano com maior queda de partículas radioativas foi 1963.

Uma pesquisa de mestrado em Geografia Física na Universidade de São Paulo (USP) identificou traços de radioatividade em regiões preservadas do interior paulista, resultado de testes nucleares realizados há mais de 60 anos. O estudo concluiu que esses resíduos radioativos, deixados pela chamada “chuva radioativa” da Guerra Fria, podem servir como um marcador global da ação humana sobre o planeta — uma das bases científicas do conceito de Antropoceno.

Entre 1953 e 1962, potências como Estados Unidos, União Soviética, Reino Unido e França realizaram cerca de 2 mil testes nucleares, muitos deles termonucleares, espalhando material radioativo pela atmosfera. A maior parte da contaminação ficou concentrada no Hemisfério Norte, mas partículas também chegaram ao Brasil, como confirmou o trabalho do pesquisador Breno Rodrigues, que analisou amostras de sedimentos entre as cidades de Eldorado e Sete Barras, no Vale do Ribeira.

O material identificado não representa risco à saúde, mas indica a presença de Césio-137, um dos subprodutos das explosões atômicas. Esse elemento radioativo tem meia-vida de cerca de 30 anos e, apesar de estar em níveis muito baixos, ainda pode ser detectado em ambientes naturais.

Segundo Rodrigues, a escolha do Rio Ribeira como área de estudo se deve à sua boa preservação ambiental e ao baixo nível de interferência humana, o que facilita a identificação de marcadores geológicos de origem global. “Queríamos entender como o sistema fluvial interage com esses vestígios da chuva radioativa dos anos 1960, em condições próximas das naturais”, explicou.

O grupo, coordenado pela professora Cleide Rodrigues, investiga como a dinâmica dos rios influencia o acúmulo e a redistribuição desses materiais ao longo do tempo. O estudo mostrou que a presença do Césio-137 é descontínua, variando conforme a movimentação natural dos sedimentos.

A pesquisa reforça a ideia de que a radiação deixada por testes nucleares se tornou uma espécie de “assinatura humana” na história geológica da Terra, marcando de forma permanente a influência das atividades humanas sobre o ambiente. O trabalho terá continuidade no doutorado do pesquisador, que pretende aprofundar a análise sobre a relação entre processos fluviais e marcadores do Antropoceno.

Últimas Notícias

Descrição da imagem

Gastronomia & Turismo • 20:22h • 13 de dezembro de 2025

Réveillon 2026 combina luxo extremo, imóveis raros e risco crescente de estelionato

Escassez de imóveis premium e alta procura criam cenário inflacionado no litoral brasileiro e ampliam risco de fraudes digitais na virada do ano

Descrição da imagem

Ciência e Tecnologia • 19:00h • 13 de dezembro de 2025

O que estamos realmente vendo no 3I/ATLAS? Novas imagens ampliam um enigma cósmico em construção

Astrofotógrafo identifica padrões visuais, rotação e um ponto ainda sem explicação em imagens ópticas; ESA confirma emissão de raios X, ampliando o debate científico sobre sua composição e comportamento

Descrição da imagem

Ciência e Tecnologia • 18:28h • 13 de dezembro de 2025

Agentes autônomos, deepfakes e golpes em escala: por que 2026 marca a virada da defesa bancária

Deepfakes, agentes autônomos e redes de bots impulsionam uma escalada inédita de fraudes, e nova geração de detecção comportamental tenta reequilibrar o jogo

Descrição da imagem

Esporte • 17:32h • 13 de dezembro de 2025

Corrida vira febre global, mas iniciantes cometem erro que mais causa lesões: começar rápido demais

Crescimento histórico do esporte em 2025 exige atenção a técnica, força, progressão e planejamento para evitar lesões entre novos corredores

Descrição da imagem

Saúde • 16:45h • 13 de dezembro de 2025

Como evitar burnout no fim do ano quando você é autista ou tem TDAH

Período festivo intensifica estímulos e exige estratégias claras de autocuidado para evitar esgotamento emocional

Descrição da imagem

Gastronomia & Turismo • 16:11h • 13 de dezembro de 2025

Viagens com crianças e adolescentes exigem cuidados especiais com documentos

Com a chegada das férias, folgas e recesso de fim de ano, a viagem em família exige cuidados com documentação se envolver crianças e adolescentes. Regras variam conforme o tipo de viagem: nacional ou internacional. O Viaje Paraná reforça orientações para passeios planejados e tranquilos

Descrição da imagem

Saúde • 15:50h • 13 de dezembro de 2025

A espera de Henrique: a rotina de um adolescente que aguarda transplante de coração

História de Henrique, de 14 anos, revela desafios e esperas que marcam a rotina de jovens que dependem de um órgão compatível

Descrição da imagem

Educação • 15:27h • 13 de dezembro de 2025

Participação no GURI eleva desempenho escolar em matemática

Um estudo com participantes do programa Guri aponta que a educação musical melhora o desempenho escolar. Alunos da rede municipal tiveram avanço de 13% em matemática, além de ganhos em criatividade, habilidades científicas e controle emocional

As mais lidas

Ciência e Tecnologia

Paralisação completa do 3I/Atlas intriga cientistas e realinhamento aponta para novo comportamento

Registros confirmados por observatórios independentes em três continentes mostram desaceleração em microetapas, parada total e ajuste direcional incomum, ampliando questionamentos sobre a natureza do visitante interestelar

Descrição da imagem

Ciência e Tecnologia

Como se preparar para o primeiro apagão cibernético de 2025