Saúde • 13:02h • 06 de junho de 2024
Pesquisa de SP mostra que vape causa até 6 vezes mais nicotina no organismo
Estudo realizado pela Secretaria de Estado da Saúde de SP em parceria com o Instituto do Coração e Laboratório de Toxicologia da FMUSP
Da Redação | Com informações do Governo de SP | Foto: Divulgação
Uma pesquisa da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, em colaboração com o Instituto do Coração (Incor) e o Laboratório de Toxicologia da FMUSP, revelou que o consumo de cigarro eletrônico (vape) resulta em níveis de nicotina no organismo até seis vezes superiores aos do cigarro convencional.
O estudo, baseado em dados de 200 usuários de cigarros eletrônicos, detectou que os níveis de nicotina presentes nesses fumantes são de três a seis vezes maiores do que nos fumantes de cigarros tradicionais. Estes dados preliminares foram apresentados por Elaine Cristine D’Amico, da Vigilância Sanitária Estadual, e Marcelo Filonzi dos Santos, do Laboratório de Toxicologia da FMUSP.
“A intoxicação por nicotina em usuários de cigarros eletrônicos é tão alta quanto, ou até pior, que nos usuários de cigarro tradicional. Também foi observada uma falta de conhecimento entre os jovens sobre os riscos de dependência e as regras de uso, especialmente em ambientes fechados conforme a Lei Antifumo,” explica a médica cardiologista Jaqueline Scholz, diretora do Núcleo de Tabagismo do Incor e coordenadora da pesquisa.
Atualmente, 3% da população brasileira utiliza cigarros eletrônicos. Jaqueline Scholz ressalta que parar de usar o produto por conta própria é ilusório, devido ao seu alto poder viciante e à presença de substâncias extremamente tóxicas. “Ao inalar as partículas ultrafinas, elas chegam ao sistema respiratório, atravessam a membrana pulmonar e causam uma grande inflamação,” esclarece a cardiologista.
Os riscos à saúde dos usuários de vape são equivalentes aos dos fumantes de cigarros convencionais, mas potencializados. A probabilidade de infarto ou AVC é duas vezes maior para usuários de vape, e se combinados com o cigarro tradicional, o risco quadruplica.
A pesquisa destaca a necessidade de maior conscientização sobre os perigos do uso de cigarros eletrônicos e reforça a importância de políticas de saúde pública para combater a dependência de nicotina em suas diversas formas.
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