Ciência e Tecnologia • 08:32h • 26 de abril de 2025
Pesquisa: 95% dos pediatras afirmam que neuropediatria é essencial para diagnóstico do TEA
Com o aumento de casos de Transtorno do Espectro Autista no Brasil, especialistas destacam os desafios enfrentados na prática clínica e o papel das especialidades médicas no diagnóstico precoce
Da Redação | Com informações da Ipsos Assessoria | Foto: Divulgação

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) continua a ser um dos maiores desafios na saúde pública, com números crescentes de diagnósticos e uma necessidade urgente de cuidados especializados. Em uma pesquisa recente da Ipsos, realizada durante o mês de conscientização sobre o autismo no Brasil, 95% dos pediatras afirmaram que a neuropediatria é a principal especialidade responsável pelo diagnóstico do TEA. O estudo envolveu mais de 120 profissionais da saúde, incluindo pediatras, neurologistas e psiquiatras.
Em relação aos tipos de TEA diagnosticados, 83% dos casos relatados pelos pediatras são de Nível 1 (leve), 33% de Nível 2 (moderado) e apenas 3% de Nível 3 (severo). Os dados da pesquisa revelam, também, que os maiores desafios para os médicos incluem o manejo de casos complexos e a dificuldade de lidar com pacientes e familiares que não seguem os planos de tratamento devido a questões socioeconômicas ou efeitos colaterais dos medicamentos.
Além disso, o levantamento feito pelo DataSUS, que monitorou os casos de TEA no Brasil, mostra um crescimento alarmante dos pacientes diagnosticados. Em 2024, o número de pacientes em tratamento aumentou em 48,9% ao ano, com São Paulo, Ceará e Paraná liderando o número de casos. Só o estado de São Paulo representa 28% dos pacientes diagnosticados no país.
O aumento significativo de diagnósticos nos últimos anos coloca o Brasil como uma das nações com maior crescimento de casos de TEA. Em 2024, a média de pacientes naives (novos diagnósticos) passou de 380 em 2020 para 1.538. Enquanto isso, o número de pacientes em tratamento subiu para 21.406, refletindo uma crescente necessidade de atenção e acompanhamento.
Os especialistas também apontam que a educação e a conscientização sobre o TEA são fundamentais, não apenas no diagnóstico precoce, mas também para oferecer suporte aos pacientes e suas famílias. O estudo enfatiza a importância da colaboração entre pediatras, neurologistas e psiquiatras, além de ressaltar o papel essencial da neuropediatria e outras especialidades médicas no tratamento e acompanhamento adequado dos pacientes.
Em tempos de crescente demanda por tratamentos e diagnósticos mais eficientes, o estudo revela que o país precisa fortalecer a estrutura de saúde para lidar com o aumento de casos de TEA e garantir melhores resultados para os pacientes e suas famílias.
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