Saúde • 17:19h • 14 de dezembro de 2025
Parada cardíaca e ataque cardíaco não são a mesma coisa, e saber a diferença pode salvar vidas
Especialistas explicam sinais, riscos e como agir diante de uma emergência cardíaca súbita
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Mayo Clinic | Foto: Arquivo/Âncora1
A rotina esportiva, a caminhada no bairro ou até um momento de descanso podem ser interrompidos por um colapso repentino: a parada cardíaca súbita. Já o ataque cardíaco, por sua vez, tem origem em bloqueios nas artérias do coração. Embora distintos, ambos os eventos podem se relacionar e exigem resposta rápida para aumentar as chances de sobrevivência.
Segundo especialistas da Mayo Clinic, compreender os fatores de risco, identificar sintomas e agir corretamente em situações emergenciais são medidas essenciais para proteger a saúde cardiovascular especialmente entre grupos mais vulneráveis, como jovens com doenças cardíacas não diagnosticadas e adultos acima dos 35 anos com histórico de problemas coronarianos.
A parada cardíaca ocorre quando uma arritmia perigosa impede o coração de bombear sangue de maneira eficaz. Em segundos, a pressão arterial despenca, o cérebro deixa de receber oxigênio e a pessoa perde a consciência. Já o ataque cardíaco é provocado pela interrupção do fluxo sanguíneo para o músculo do coração, geralmente por causa de placas de colesterol nas artérias. A dor no peito e a dificuldade para respirar são sinais comuns, e o quadro pode evoluir para uma parada cardíaca súbita.
Para o Dr. Brian Shapiro, da Medicina Cardiovascular da Mayo Clinic, a diferença entre os dois eventos precisa ser amplamente conhecida. Enquanto o ataque cardíaco é um “problema hidráulico”, causado por entupimento das artérias, a parada cardíaca é um “problema elétrico”, que interrompe o ritmo do coração. Em alguns casos, um ataque cardíaco desencadeia uma arritmia fatal.
O risco varia conforme idade e histórico clínico. Abaixo dos 35 anos, a parada cardíaca súbita costuma estar associada a miocardiopatias, alterações estruturais do músculo cardíaco, como a miocardiopatia hipertrófica, que afeta 1 em cada 500 pessoas. É a condição mais comum em casos envolvendo jovens atletas. Acima dos 35 anos, o foco se volta para a doença arterial coronariana, intensificada por fatores como hipertensão, tabagismo, diabetes e histórico familiar.
O estilo de vida também pesa. Pessoas sedentárias têm maior vulnerabilidade, enquanto atletas de alta performance exigem monitoramento rigoroso por colocarem mais pressão sobre o coração. Testes como eletrocardiograma, radiografia e prova de esforço cardiopulmonar ajudam a detectar anomalias sutis e direcionam planos de exercício mais seguros.
Em uma emergência, a regra é clara: acionar o serviço de emergência (no Brasil, 192), iniciar compressões torácicas e usar um desfibrilador externo automático (DEA) sempre que disponível. O equipamento é projetado para orientar o usuário e aplicar o choque necessário caso identifique uma arritmia letal.
Para quem convive com fatores de risco, a orientação principal é reconhecer sinais de alerta durante atividades físicas: falta de ar desproporcional, aperto no peito, tontura e desmaios exigem investigação médica imediata. A retomada das atividades esportivas é possível, o objetivo, segundo o Dr. Shapiro, é sempre praticar exercícios com segurança, conforme o perfil individual de cada paciente.
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