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Saúde • 14:26h • 28 de setembro de 2025

Pais apoiam vacinação nas escolas, mas covid-19 gera mais resistência

Pesquisa mostra que maioria dos cuidadores é favorável à imunização de crianças em ambiente escolar, embora vacinas contra a covid-19 recebam menos apoio. Estudo aponta ainda influência de fatores religiosos e do cenário político no comportamento vacinal

Jornalista: Carolina Javera MTb 37.921 com informações do CFF | Foto: CFF

Os responsáveis expressaram menor propensão a autorizar a participação de seus filhos em programas de vacinação escolar contra a Covid-19 (21,11% disseram que não os autorizariam).
Os responsáveis expressaram menor propensão a autorizar a participação de seus filhos em programas de vacinação escolar contra a Covid-19 (21,11% disseram que não os autorizariam).

Uma pesquisa nacional revelou que a maioria dos pais e responsáveis apoia a vacinação de seus filhos em escolas no Brasil. O levantamento, realizado entre julho e agosto de 2023 com quase 800 cuidadores, apontou que apenas 7,5% eram contrários a qualquer programa de imunização escolar.

O estudo, liderado por uma pesquisadora da USP em parceria com instituições como FGV-SP, UERJ, UFJF e Santa Casa, identificou diferenças entre os tipos de vacinas. Enquanto 9 em cada 10 cuidadores apoiaram campanhas contra gripe, dengue e HPV, apenas 8 em cada 10 demonstraram apoio à vacinação contra a covid-19.

Outro dado relevante foi a relação entre perfil demográfico e resistência: cuidadores que se declararam evangélicos tinham 1,7 vez mais chances de não apoiar os programas. Também houve maior oposição entre responsáveis apenas por crianças menores de seis anos.

A professora Lorena Barberia, da USP e autora principal do artigo, destaca que os resultados indicam que o problema da baixa cobertura vacinal no Brasil pode estar ligado não apenas à desinformação, mas também à falta de conveniência. “Muitos pais trabalham em horários que dificultam levar os filhos aos postos de saúde. Se as vacinas fossem aplicadas nas escolas, a cobertura poderia chegar a 80% ou 90%”, afirma.

Covid-19 segue como ponto de maior hesitação

Segundo a pesquisa, 21,1% dos responsáveis afirmaram que não autorizariam a vacinação dos filhos contra a covid-19 em ambiente escolar. Para os autores, o dado reflete o impacto da pandemia e da postura do governo à época, que questionou a segurança das vacinas e desestimulou sua aplicação em crianças.

Mesmo após a aprovação pela Anvisa, exigências como a assinatura de termo de responsabilidade para a vacinação infantil reforçaram, segundo os pesquisadores, a percepção de que a vacina contra covid-19 não era igual às demais.

Já a imunização contra a dengue, que à época ainda não integrava o Programa Nacional de Imunização, obteve apoio semelhante ao das vacinas tradicionais, sugerindo que a aceitação não depende apenas do tempo de uso do imunizante, mas também da ausência de campanhas de desinformação.

Impactos para políticas públicas

O estudo reforça a importância de novas estratégias de comunicação e de programas de vacinação escolar. Segundo Barberia, a hesitação vacinal pode ser reduzida se três dimensões forem atendidas: confiança na vacina, percepção de benefícios e conveniência.

Na América Latina, 14 países já relataram à OMS que realizam vacinação em escolas desde 2022. O Brasil, que anunciou a retomada dessa estratégia em 2025, ainda enfrenta cobertura vacinal insuficiente. Apenas 24% das crianças de 5 a 11 anos haviam recebido as doses contra covid-19 até este ano, e entre bebês de seis meses a dois anos, a taxa não passou de 12%.

“Os dados mostram que a covid-19 continua sendo vista de forma diferente das demais vacinas. É preciso garantir acesso fácil, horários ampliados e campanhas de informação claras para recuperar a confiança da população”, conclui Barberia.

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