Responsabilidade Social • 07:20h • 01 de outubro de 2025
Outubro Rosa 2025 destaca apoio psicológico na recuperação de mulheres com câncer de mama
Além dos impactos físicos, diagnóstico e tratamento da doença exigem atenção à saúde emocional das pacientes e de suas famílias
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Toda Comunicação | Foto: Arquivo/Âncora1

O Outubro Rosa, campanha mundial de conscientização sobre o câncer de mama, chama atenção não apenas para a prevenção e o diagnóstico precoce, mas também para os efeitos emocionais que acompanham a doença. No Brasil, são estimados mais de 73.600 novos casos por ano no triênio 2023-2025, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), e especialistas alertam que o impacto psicológico é tão preocupante quanto os números da incidência.
Estudos divulgados pelo FINCA mostram que 38,2% das mulheres em tratamento apresentam sintomas de depressão e 32,2% desenvolvem transtornos de ansiedade. Para o psicólogo Luti Christóforo, a dimensão psicológica não pode ser ignorada. “O câncer é uma das doenças mais temidas porque afeta a vida da mulher como um todo, não apenas o corpo físico, mas também a mente e o espírito. O tratamento psicológico acolhe sentimentos de angústia, medo e ansiedade que surgem com o diagnóstico e os traumas do tratamento”, explica.
Desde a descoberta da doença até as fases de cirurgia, quimioterapia e radioterapia, a psicologia se mostra fundamental para oferecer suporte. A queda de cabelo, as cicatrizes, as alterações hormonais e os medos sobre o futuro geram impactos que vão além da dor física. “Essas transformações repercutem na psique. A paciente não precisa lidar sozinha com essas manifestações”, destaca Luti.
Terapia como aliada na saúde mental e acolhimento
A psicoterapia atua na ressignificação da experiência, buscando não apagar o que foi vivido, mas transformar o processo em fortalecimento. O acompanhamento ajuda a restaurar a autoimagem e a redescobrir valores pessoais, promovendo maior equilíbrio emocional. A família também desempenha papel decisivo, e muitas vezes precisa de orientação para compreender como apoiar a paciente. “A terapia cria um espaço seguro para todos, permitindo que a paciente se sinta apoiada e livre para expressar suas emoções”, reforça o psicólogo.
Falar sobre o câncer de mama é também uma forma de quebrar estigmas e reduzir preconceitos. Informação, empatia e acompanhamento profissional tornam o caminho menos pesado e ajudam as mulheres a enfrentarem o tratamento com mais confiança. “A doença é real, mas a cura e o bem-estar também são. Depende de apoio, de empatia e de acompanhamento psicológico”, conclui Luti Christóforo.
Aviso legal
Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução, integral ou parcial, do conteúdo textual e das imagens deste site. Para mais informações sobre licenciamento de conteúdo, entre em contato conosco.
Últimas Notícias
As mais lidas
Mundo
Todos os paulistanos são paulistas, mas nem todos os paulistas são paulistanos; entenda
Termos que definem identidade e pertencimento no Estado de São Paulo