Saúde • 10:27h • 12 de dezembro de 2025
OMS vê avanço dos medicamentos GLP-1 no combate global à obesidade
Agência destaca eficácia dos fármacos, necessidade de segurança a longo prazo e políticas de acesso
Jornalista: Carolina Javera MTb 37.921 com informações do CFF | Foto: CFF
A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que os medicamentos da classe GLP-1 podem desempenhar um papel importante no combate à obesidade, condição que já afeta mais de um bilhão de pessoas no mundo. Inicialmente usados no tratamento da diabetes, esses fármacos passaram a ser adotados para perda de peso por imitarem um hormônio ligado à saciedade e ao controle da insulina. As orientações foram divulgadas nesta segunda-feira, dia 1º, junto a novas recomendações internacionais.
Dados recentes mostram que mais de 3,7 milhões de mortes registradas em 2024 tiveram relação direta com doenças associadas à obesidade. A OMS alerta que, sem medidas efetivas, o número de pessoas obesas pode dobrar até 2030. A entidade reforça que a obesidade deve ser tratada como doença crônica, exigindo acompanhamento contínuo e estratégias múltiplas. Os GLP-1, segundo a agência, não são solução isolada, mas podem contribuir significativamente para reduzir riscos e melhorar a saúde de milhões.
As diretrizes atualizadas recomendam o uso desses medicamentos em adultos, com exceção de gestantes, para tratamento prolongado da obesidade. Embora estudos clínicos apontem eficácia consistente, a OMS destaca que ainda é preciso ampliar dados sobre segurança e efetividade a longo prazo. A entidade reforça que os fármacos devem ser associados a hábitos saudáveis e a políticas que promovam ambientes alimentares equilibrados.
O impacto econômico da obesidade também preocupa. Estimativas indicam que os custos globais podem chegar a três trilhões de dólares por ano até o fim da década. Sem mudanças estruturais, os sistemas de saúde podem enfrentar sobrecarga crescente, o que reforça a necessidade de medidas integradas de prevenção, tratamento e ampliação do acesso.
Apesar do potencial dos GLP-1, o alto custo ainda limita sua disponibilidade em países de menor renda. A OMS observa que esses medicamentos poderiam salvar mais vidas justamente nas regiões com menos recursos. Além disso, pacientes com diabetes — público-alvo original dos fármacos — têm enfrentado dificuldades devido à escassez causada pela demanda crescente. Para ampliar o acesso, a agência incluiu os GLP-1 na lista de medicamentos essenciais e defende a produção de versões genéricas que atendam populações vulneráveis e reduzam desigualdades no tratamento.
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