Economia • 20:21h • 25 de agosto de 2025
OLX, Temu e AliExpress estão entre os e-commerces que mais geram desconfiança no Brasil
Estudo aponta que 71% dos consumidores já identificaram anúncios falsos em redes sociais e alertam para risco de golpes digitais
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Branddi | Foto: Divulgação

A popularização das compras online trouxe conveniência, mas também abriu espaço para práticas fraudulentas que colocam consumidores e marcas em situação delicada. Uma pesquisa realizada pela Branddi, especialista em proteção de marcas no ambiente digital, revelou quais e-commerces e marketplaces mais despertam desconfiança entre os brasileiros.
Segundo o levantamento, a OLX aparece no topo da lista, citada por 50% dos entrevistados. Em seguida estão Temu (36%), AliExpress (29%), Shopee (29%) e Mercado Livre (28%). Embora muitas dessas plataformas sejam legítimas e bastante utilizadas, a associação de seus nomes a golpes digitais compromete a confiança dos consumidores.
Principais formas de fraude
De acordo com os participantes, o golpe mais comum é a veiculação de anúncios falsos em redes sociais, citado por 71% dos entrevistados. Logo atrás estão os sites piratas que se passam por lojas oficiais (60%) e os e-mails ou mensagens fraudulentas que redirecionam para páginas falsas (52%).
Essas práticas, classificadas como concorrência desleal, utilizam a imagem de marcas conhecidas para enganar consumidores. O Procon alerta que fraudadores têm recorrido até mesmo a perfis falsos com uso de inteligência artificial, simulando campanhas com preços muito abaixo do mercado ou vantagens irreais.
71% dos brasileiros já viram anúncios falsos online, aponta estudo sobre fraudes em e-commerces | Imagem: Branddi
Impacto na reputação das marcas
Para Diego Daminelli, CEO da Branddi, o prejuízo não atinge apenas os consumidores. “Quando uma marca é usada em um golpe, o cliente afetado geralmente associa essa experiência negativa à própria empresa, ainda que ela não tenha sido responsável pela fraude. Por isso, cuidar da presença digital vai além de uma questão técnica, é uma estratégia essencial de gestão da reputação e de confiança”, explica.
Como recuperar a confiança
Apesar da desconfiança inicial, o estudo mostrou que consumidores estão dispostos a reavaliar suas escolhas caso percebam uma postura transparente por parte das empresas.
- 53% dos entrevistados afirmaram que medidas de proteção mais visíveis no site aumentariam a credibilidade;
- 42% destacaram a importância de um posicionamento público sobre casos de fraude;
- 42% também defenderam o reforço da comunicação sobre riscos nos canais oficiais da marca.
Segundo Daminelli, as marcas não podem mais esperar o golpe acontecer para agir. “O consumidor espera que as empresas estejam atentas, comuniquem riscos e atuem de forma preventiva. Estar em um papel de orientação nos canais oficiais é visto como uma atitude de responsabilidade digital e ajuda a construir confiança de longo prazo”, conclui.
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