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Economia • 07:58h • 18 de fevereiro de 2025

O que está por trás dos preços dos alimentos? Especialistas explicam

Segundo especialistas, os preços dos alimentos vêm subindo em todo mundo há 18 anos. Exportações e alta de dólar impactam mais nos preços praticados dentro do Brasil

Da Redação com informações da CUT | Foto: Roberto Parizotti (Sapão)

O economista e agrônomo José Giacomo Baccarin destacou que os preços dos alimentos vêm subindo globalmente há 18 anos.
O economista e agrônomo José Giacomo Baccarin destacou que os preços dos alimentos vêm subindo globalmente há 18 anos.

O debate "Decifrando os preços dos alimentos" ocorreu na noite de quinta-feira (13) na sede da Fundação Perseu Abramo, reunindo especialistas para discutir desafios e soluções para a redução dos custos alimentares em meio ao cenário de alta global.

O economista e agrônomo José Giacomo Baccarin destacou que os preços dos alimentos vêm subindo globalmente há 18 anos. No Brasil, durante o governo de Jair Bolsonaro, os alimentos tiveram um aumento médio anual de 10%. Em 2020, a inflação geral foi de 4,5%, enquanto a inflação alimentar atingiu 14%. Sob o governo Lula, a média anual de alta foi de 4%, mas a partir de setembro do ano passado, os preços das carnes bovina e suína dispararam 23%, representando 65% da inflação dos alimentos.

Baccarin ressaltou que a variação nos preços é um fenômeno recorrente, exemplificando com a alta de 50% no valor da cenoura, que não caracteriza inflação, mas sim um repique de preços. Segundo ele, nos últimos 18 anos, os alimentos tiveram um aumento médio de 8% ao ano, enquanto a inflação ao consumidor foi de 5,7%. O período de baixa nos preços de alimentos em 2023 foi revertido recentemente.

Ele explicou ainda que, apesar da grande produção agrícola do Brasil, o país enfrenta aumentos nos preços devido à priorização das exportações pelos produtores, especialmente em um momento em que os alimentos estão 50% mais caros no mercado internacional. Segundo Baccarin, essa situação não é mérito do agronegócio, mas sim do avanço tecnológico promovido por órgãos de pesquisa como a Embrapa e universidades brasileiras.

A socióloga Adriana Marcolino, diretora-técnica do Dieese, concordou que o aumento dos preços não está ligado ao crescimento do consumo interno, impulsionado pelo aumento do emprego e da renda. Ela criticou o mercado financeiro por atribuir a inflação alimentar ao consumo popular, sugerindo medidas como elevação dos juros para conter a demanda, o que poderia levar à retração econômica e ao aumento da insegurança alimentar.

Adriana apresentou dados sobre a insegurança alimentar, apontando que entre 2020 e 2022, 32,8% da população brasileira enfrentava esse problema, com 9,9% em situação grave. Entretanto, de 2021 a 2023, houve uma redução de 18,4% na insegurança alimentar, segundo a FAO.

Ela também destacou que fatores como a perda de poder de compra dos salários entre 2016 e 2022 e condições climáticas adversas contribuíram para a alta nos preços dos alimentos. O preço do café, por exemplo, subiu 50% entre 2023 e 2024 devido a problemas na produção vietnamita e especulação no mercado financeiro.

Outro fator relevante, segundo Adriana, foi o desmonte da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a partir de 2016, no governo de Michel Temer, quando o Brasil parou de investir em estoques reguladores de alimentos não perecíveis.

Altivo Almeida Cunha, consultor da FAO, explicou que a elevação dos preços dos alimentos é um fenômeno estrutural, já que muitos produtos são comercializados no mercado futuro, o que dificulta intervenções rápidas nos preços. Além disso, ele ressaltou os desafios logísticos do Brasil, que encarecem os custos de distribuição de alimentos, especialmente em regiões mais distantes dos centros produtores.

Para enfrentar o problema, Altivo defendeu o fortalecimento de políticas de estoques reguladores e criticou o desmonte do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), substituído pelo Alimenta Brasil no governo Bolsonaro. O PAA foi retomado pelo governo Lula em 2023 e, segundo ele, era uma política essencial para garantir a segurança alimentar e estimular a produção local.

Como soluções para reduzir os preços dos alimentos, Baccarin propôs o aumento do crédito rural e da assistência técnica para agricultores familiares que produzem feijão, arroz e leite. Ele acredita que focar em produtos não altamente competitivos no mercado internacional pode contribuir para uma redução nos preços ao consumidor.

Adriana Marcolino enfatizou a necessidade de políticas de apoio à agricultura familiar e de acesso à terra, além de medidas para evitar que os alimentos produzidos no Brasil sejam prioritariamente exportados. Ela também defendeu mudanças na tributação da cesta básica, garantindo que a redução de impostos beneficie diretamente o consumidor final.

Por fim, Altivo reforçou a importância de uma política dinâmica de estoques reguladores para amortecer os impactos das oscilações de preços, destacando que a Ceasa pode desempenhar um papel fundamental na distribuição de alimentos a preços mais acessíveis. Ele sugeriu, ainda, a criação de mecanismos que facilitem o acesso da população a alimentos de qualidade, reduzindo os custos logísticos e fortalecendo o mercado interno.

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