Saúde • 08:49h • 10 de janeiro de 2025
O que é a gripe aviária e como ela afeta humanos? Tire essa e outras dúvidas sobre a doença
Infecção pode ser assintomática ou causar sintomas severos e levar à morte quando não tratada; autoridades de saúde estão em alerta por aumento de casos em pessoas
Da Redação com informações do Butantan | Foto: Arquivo Âncora1
Os casos recentes de gripe aviária (influenza A/H5N1) em humanos têm preocupado autoridades de saúde ao redor do mundo. Apesar de ainda ser considerada rara em pessoas e principalmente associada a aves selvagens, desde 2003 foram registrados cerca de 900 casos humanos, com uma taxa de letalidade de aproximadamente 50%. Em 2024, os Estados Unidos relataram mais de 60 casos humanos de influenza A/H5N1, embora nenhum tenha evidenciado transmissão entre pessoas, segundo o CDC. No Canadá, um adolescente foi infectado, enquanto no Brasil, até o momento, não há registros de casos, nem em humanos, nem em animais, conforme o Ministério da Agricultura e Pecuária.
O vírus influenza A/H5 continua a evoluir e, caso se torne transmissível entre humanos, pode desencadear uma nova pandemia, alerta a Organização Mundial da Saúde (OMS). A linhagem H5N1 surgiu em 1996 e tem causado surtos frequentes em aves desde então. Desde 2020, uma variante desse vírus levou a um aumento sem precedentes na mortalidade de aves selvagens e domésticas. Inicialmente restrito à África, Ásia e Europa, o vírus se expandiu para as Américas em 2021 e 2022, gerando surtos mortais em aves e, mais recentemente, em mamíferos.
O que é a gripe aviária?
A influenza aviária é uma doença zoonótica que afeta aves selvagens e domésticas, sendo causada por ortomixovírus do tipo A. Esses vírus são classificados em subtipos com base em duas proteínas: hemaglutinina (HA) e neuraminidase (NA). Entre os subtipos aviários mais conhecidos estão H5N1, H9N2 e H3N8.
O H5N1, em particular, causa uma infecção respiratória altamente contagiosa em aves e, ocasionalmente, em mamíferos, incluindo humanos. Em humanos, a doença pode variar de leve a grave, com risco de morte.
Como ocorre a infecção em aves e mamíferos?
Aves selvagens, especialmente aquáticas, são hospedeiros naturais do vírus, espalhando-o em suas migrações por meio de secreções respiratórias, muco e fezes. Aves domésticas, como galinhas e perus, podem ser infectadas pelo contato com essas secreções. Mamíferos, incluindo raposas, lontras, leões-marinhos e ursos, também têm sido afetados.
Transmissão para humanos
A infecção humana ocorre, geralmente, por contato direto com aves infectadas ou seus dejetos. A manipulação de aves vivas ou mortas, sem proteção adequada, aumenta o risco de transmissão. Até o momento, não há comprovação científica de transmissão sustentada entre humanos.
Sintomas e riscos em humanos
Os sintomas incluem febre alta, tosse, dor de garganta, dores musculares, conjuntivite e, em casos graves, dificuldades respiratórias ou neurológicas. A letalidade é alta, atingindo 53% dos casos registrados.
Prevenção e tratamento
Medidas preventivas incluem higiene rigorosa, uso de máscaras, luvas e equipamentos de proteção ao lidar com aves. Em humanos, o tratamento envolve antivirais, especialmente em casos graves ou de alto risco.
Consumo de alimentos de origem animal
O cozimento adequado de carnes e ovos a temperaturas superiores a 75°C elimina o vírus. É recomendável evitar o consumo de produtos crus ou malcozidos, especialmente em áreas afetadas.
Vacinação e monitoramento
Alguns países têm vacinas contra a gripe aviária como parte de seus preparativos pandêmicos. No Brasil, o Instituto Butantan está desenvolvendo uma vacina contra o H5N8, aguardando aprovação da Anvisa para estudos clínicos.
Embora o risco atual para humanos seja limitado, a OMS reforça a necessidade de monitoramento constante para mitigar possíveis impactos futuros.
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