Saúde • 12:08h • 12 de junho de 2025
O que comer para turbinar o cérebro e evitar doenças neurodegenerativas
Peixes, frutas vermelhas, sementes e até o café são aliados do desempenho cognitivo e podem ajudar a prevenir doenças neurodegenerativas
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Experta Media | Foto: Divulgação

A relação entre o que comemos e a saúde do cérebro tem ganhado cada vez mais atenção da ciência. Pesquisas recentes revelam que ao menos 45 nutrientes são considerados essenciais para manter a saúde cerebral em dia, com destaque para substâncias que atuam diretamente na proteção dos neurônios, na melhora da comunicação entre as células e na produção de neurotransmissores.
Segundo a neurocientista Lisa Mosconi, diretora da Weill Cornell Women's Brain Initiative e autora do livro Brain Food, a alimentação tem papel crucial no funcionamento do cérebro. “Esse órgão funciona, literalmente, com nutrientes”, afirma.
Peixes gordurosos são líderes entre os alimentos neuroprotetores
Salmão, sardinha, atum, cavala e arenque estão no topo da lista por serem ricos em ômega-3, especialmente o DHA. Essa substância é essencial para o crescimento e desenvolvimento das células nervosas. Estudos indicam que o consumo regular desses peixes está associado a menores níveis da proteína beta-amiloide, ligada ao Alzheimer. Quando o consumo de peixe não é possível, médicos recomendam avaliar o uso de suplementos ou apostar em alternativas como linhaça e nozes.
Peixes, frutas e sementes: aliados do raciocínio e da saúde mental
Suplementos e vitaminas também entram no cardápio do cérebro
A Coenzima Q10, antioxidante envolvido na produção de energia celular, tem mostrado efeitos promissores no tratamento de distúrbios como depressão e ansiedade. Já a vitamina D, que atua diretamente sobre neurônios e células do sistema nervoso, tem sua deficiência associada a doenças neuropsiquiátricas. Seu consumo adequado é considerado essencial para manter o equilíbrio emocional e a cognição.
Frutas vermelhas combatem o envelhecimento cerebral
Morangos, amoras, framboesas e mirtilos não apenas encantam pelo sabor, mas também atuam como antioxidantes naturais. Estudos de Harvard mostraram que mulheres que consumiam duas ou mais porções semanais de frutas vermelhas apresentaram declínio cognitivo mais lento, com preservação da memória por até dois anos e meio.
Sementes e oleaginosas: potência natural para o raciocínio
Nozes são ricas em ácido alfa-linolênico, ligado à saúde cardiovascular e cognitiva. Já sementes de abóbora oferecem zinco e triptofano, fundamentais para memória, humor e qualidade do sono. A combinação desses elementos ajuda a fortalecer o desempenho cerebral de forma natural e acessível.
Alimentação influencia no humor, na memória e na cognição
Cafeína: mais que estímulo, uma aliada da memória
Além do efeito conhecido de aumentar a atenção, a cafeína mostrou, em estudos da Universidade Johns Hopkins, o poder de melhorar a consolidação de memórias por até 24 horas. O consumo moderado pode ser um diferencial no aprendizado e nas atividades intelectuais do dia a dia.
Intestino e cérebro: uma conexão direta
Cerca de 95% da serotonina e 50% da dopamina são produzidas no intestino. Por isso, alimentos que equilibram a flora intestinal — como iogurtes, vegetais fermentados e fibras como o psyllium — têm impacto direto no humor, sono e saúde mental como um todo.
A ciência mostra que incluir esses alimentos na rotina não apenas favorece a saúde geral, mas também potencializa a clareza mental, memória e bem-estar. Cuidar do cérebro começa pela escolha do que colocamos no prato.
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