• Aumento de jovens com doenças cardíacas: o que precisa mudar
  • Feriados e pontos facultativos: o que esperar em Outubro
  • Karol Tedesque denuncia qualidade da água em parques de Assis
Novidades e destaques Novidades e destaques

Saúde • 14:43h • 19 de setembro de 2024

Novo plano de ação prevê reduzir impactos da dengue e outras arboviroses no Brasil

Documento está baseado nas evidências científicas mais atualizadas, novas tecnologias e representa um pacto nacional para o enfrentamento das doenças, com atenção às regiões de maior vulnerabilidade social

Da Redação/Ministério da Saúde | Foto: Ricardo Stuckert/PR

No evento de anúncio, no Planalto, o presidente Lula conclamou a população a fazer sua parte no enfrentamento às arboviroses.
No evento de anúncio, no Planalto, o presidente Lula conclamou a população a fazer sua parte no enfrentamento às arboviroses.

Para diminuir os números de casos e óbitos por dengue, chikungunya, Zika e oropouche no próximo período sazonal no Brasil, o Governo Federal lançou, na quarta-feira (18/09), o plano de ação para redução dos impactos das arboviroses. O documento foi construído com a participação de pesquisadores, gestores e técnicos dos estados e municípios, além de profissionais de saúde que atuam na ponta, em contato direto com as comunidades e que conhecem de perto os desafios em cada região do país, com atenção às regiões de maior vulnerabilidade social. O anúncio aconteceu no Palácio do Planalto com a participação do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e da ministra da Saúde, Nísia Trindade

O plano está baseado nas evidências científicas mais atualizadas, novas tecnologias e representa um pacto nacional para o enfrentamento a essas doenças. O objetivo é apresentar ações que serão coordenadas pelo Ministério da Saúde em estreita parceria com estados e municípios e colaboração de instituições públicas e privadas, bem como de organizações sociais.

Desde 2023, o Ministério da Saúde está em constante acompanhamento do cenário epidemiológico das arboviroses, preparando estados e municípios para atuar nos diferentes cenários que se apresentaram, emitindo alertas sobre a possibilidade de alta no número de casos e liberando recursos para ações de prevenção e controle. Para 2024, o investimento é de cerca de R$ 1,5 bilhão.

Nesse cenário, o programa de redução dos impactos das arboviroses trabalha em seis eixos de atuação com foco para implementação no segundo semestre do ano - quando todas as condições climáticas são favoráveis ao aumento de casos. São eles: prevenção; vigilância; controle vetorial; organização da rede assistencial e manejo clínico; preparação e resposta às emergências; comunicação e participação comunitária.

Durante o período intersazonal, ou seja, no intervalo entre os picos de casos, serão intensificadas as ações preventivas, com retirada de criadouros do ambiente e a implementação das novas tecnologias de controle vetorial. Também será feita uma força-tarefa de sensibilização da rede de vigilância para a investigação oportuna de casos, coleta de amostras para diagnóstico laboratorial e identificação de sorotipos circulantes.

Está prevista, ainda, a organização de fluxos da rede assistencial, revisão dos planos de contingência locais, capacitação dos profissionais de saúde para manejo clínico, gestão dos estoques de inseticidas, insumos para diagnóstico laboratorial e assistência ao doente.

Para o período sazonal, caso ocorra nova alta sensível de casos, estão previstas medidas estabelecidas no plano de contingência, focadas sobretudo no fortalecimento da rede assistencial para redução das hospitalizações e óbitos evitáveis. São prioritárias as ações relacionadas ao manejo clínico adequado, seguro e executado em tempo oportuno, além da organização dos serviços. Nesse período, as ações de vigilância devem priorizar a coletiva de amostras para exames específicos com foco em casos graves e investigação oportuna de óbitos.


Foto: Matheus Damascena/MS

No evento de anúncio, no Planalto, o presidente Lula conclamou a população a fazer sua parte no enfrentamento às arboviroses. “Cuidar dos focos de mosquito é um compromisso assumido por toda a sociedade brasileira. Se cada um cumprir com a sua função e eliminar qualquer possibilidade de criar larvas do mosquito, a gente vai ter muito mais condições de combater as arboviroses”, ressaltou. “Com essa antecipação, queremos ter o verão com o menor casos de dengue na história desse país”, disse o presidente. 

Nísia Trindade, por sua vez, reforçou a importância de um trabalho conjunto com os entes federativos e a preparação das unidades de saúde para enfrentar a dengue e as demais arboviroses. “Tudo que temos feito no Ministério da Saúde é um trabalho conjunto com estados e municípios. Nosso objetivo específico é preparar a população para esse enfrentamento e preparar as redes de atenção à saúde. Não evitaremos a existência da doença, mas está no nosso plano de eliminação”, afirmou.

“Vale lembrar que a dengue também está relacionada com as condições de saneamento, envolvendo limpeza urbana, condições de moradia, por isso não é apenas uma ação de saúde”, acrescentou a ministra.

Atuação nas periferias e regiões de maior vulnerabilidade social

O Ministério da Saúde vai expandir o uso de Estações Disseminadoras de Larvicida para controle do Aedes aegypti, transmissor da dengue, nas periferias brasileiras. A estratégia, desenvolvida e coordenada por pesquisadores da Fiocruz Amazônia, foi testada e aprovada com resultados comprovados em 14 cidades brasileiras, de diferentes regiões, nas quais foi aplicada entre 2017 e 2020.

A armadilha atrai as fêmeas do mosquito que, ao pousarem no recipiente para colocar seus ovos, são impregnadas com o larvicida. Quando visitam os criadouros, os contaminam com o inseticida. O resultado final é a redução no desenvolvimento de larvas. A lista preliminar tem 17 municípios de todas as regiões do país. 

Últimas Notícias

Descrição da imagem

Gastronomia & Turismo • 16:32h • 01 de outubro de 2024

SP gera até R$ 80 milhões e acrescenta 630 mil turistas com obras de infraestrutura

Em 2024, foram repassados mais de R$ 200 milhões para 174 municípios com obras em andamento e foram inauguradas 114 obras

Descrição da imagem

Policial • 16:13h • 01 de outubro de 2024

Interior de SP registra menor número de homicídios dolosos da série histórica em agosto

Queda de 15,4% nos crimes é destacada em balanço da Secretaria da Segurança Pública

Descrição da imagem

Educação • 15:58h • 01 de outubro de 2024

Competências digitais dos estudantes: preparação para o Pisa 2025

Desafios e caminhos possíveis para avaliar essas aprendizagens a partir da pluralidade de realidades do Brasil

Descrição da imagem

Saúde • 15:12h • 01 de outubro de 2024

Cursos de estética não oferecem formação para atividades de risco

Até 81% das vagas são vinculadas ao ensino a distância, diz CFM

Descrição da imagem

Ciência e Tecnologia • 14:41h • 01 de outubro de 2024

Declaração de Manaus destaca políticas para energia limpa e redução de emissões de carbono

Série de textos do MCTI explora as principais entregas do Grupo de Trabalho de Pesquisa e Inovação formado pelas principais economias do mundo

Descrição da imagem

Responsabilidade Social • 14:24h • 01 de outubro de 2024

Relatório aponta a sub-representação de negros em posições de liderança

Desigualdade racial persiste nas maiores empresas do Brasil

Descrição da imagem

Cidades • 13:48h • 01 de outubro de 2024

Pró-Cidades investe R$ 2 bilhões para modernizar e reabilitar áreas urbanas

O valor é destinado para projetos integrados de municípios brasileiros

Descrição da imagem

Cidades • 13:03h • 01 de outubro de 2024

Aumento de jovens com doenças cardíacas: o que precisa mudar

Exames preventivos evitariam 80% dos casos