Ciência e Tecnologia • 15:13h • 22 de outubro de 2025
Nova técnica molecular dobra detecção de câncer de mama em pacientes com mamas densas
Estudo mostra que a combinação da imagem molecular da mama (MBI) com a mamografia 3D aumenta significativamente a identificação precoce de tumores
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Mayo Clinic | Foto: Divulgação

A detecção precoce é determinante para aumentar as chances de cura do câncer de mama, mas a densidade do tecido mamário pode dificultar a identificação de tumores nos exames tradicionais. Um estudo publicado na revista Radiology, conduzido por pesquisadores da Mayo Clinic, revelou que o uso combinado da mamografia 3D e da imagem molecular da mama (MBI) mais do que dobrou a detecção da doença em mulheres com mamas densas.
De acordo com o levantamento, quase metade das mulheres com 40 anos ou mais apresentam mamas densas, condição que pode mascarar tumores em exames de rotina. O câncer de mama é o tipo mais comum entre mulheres em todo o mundo e a principal causa de mortes por câncer, segundo o Global Cancer Observatory.
A pesquisa acompanhou 2.978 mulheres, de 40 a 75 anos, que realizaram dois exames de triagem anuais combinando MBI e mamografia 3D, também chamada de tomossíntese digital mamária. Os radiologistas constataram que a associação dos dois métodos aumentou a precisão diagnóstica, permitindo detectar mais casos em estágios iniciais.
Exame MBI associado à mamografia aumenta diagnóstico precoce do câncer de mama | Foto: Mayo Clinic/Divulgação
A autora principal do estudo, a física médica em radiologia da Mayo Clinic, Carrie Hruska, Ph.D., destacou que o objetivo é identificar os cânceres mais agressivos antes que atinjam estágios avançados. Segundo ela, “a mamografia continua sendo essencial, mas o MBI representa uma alternativa acessível, segura e eficaz para pacientes com mamas densas que precisam de exames complementares”.
Atualmente, o exame de MBI é oferecido em cerca de 30 locais nos Estados Unidos, incluindo unidades da Mayo Clinic em Rochester, Phoenix, Jacksonville e no sistema de saúde da instituição em Wisconsin.
Os pesquisadores observaram ainda que, embora a combinação de exames tenha levado a mais reconvocações de pacientes no primeiro ano, o número de retornos caiu pela metade na segunda rodada de triagem. A equipe agora trabalha no aprimoramento de um algoritmo que pode reduzir o tempo de captura das imagens de 40 para cerca de 20 minutos, tornando o procedimento mais ágil e confortável.
O estudo completo, incluindo lista de autores e fontes de financiamento, está disponível na revista Radiology.
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